O projeto propõe-se realizar Avaliação do Ciclo de Vida por meio de um estudo focado na análise das pegadas de carbono e hídrica. A certificação ambiental de produtos ainda é um assunto pouco conhecido pelos produtores de trigo e a sociedade. A escolha de modelos de produção de trigo e farinha, baseada em ferramentas de gestão ambiental sensíveis, pode orientar a cadeia produtiva para a sustentabilidade. Finalmente, destaca-se que a sustentabilidade também se pauta por questões socio-econômicas (tripé da sustentabilidade ou ESG - environment, social and governance) o que inclui aspectos de governança corporativa e de cadeia. Isso significa que práticas e processos desejados pelos diversos stakeholders (governo, clientes corporativos, consumidores finais, entre outros) que atuam junto à cadeia de suprimentos também precisam ser consideradas e implementadas. Assim, o projeto é da mais alta relevância, por ser esse um estudo pioneiro e que, por meio da elucidação de questões que envolvem o modelo de produção vigente do trigo na região esperada do projeto (Centro-Sul do Paraná), reduzirá cinco problemas que afetam o potencial sustentabilidade da cadeia produtiva: i) ausência de parâmetros de estoque de carbono no solo, taxas e fatores de emissão e remoção de carbono; ii) a inexistência de inventários de produtos oriundos de diferentes modelos de produção de derivados de trigo brasileiro; iii) a falta de informações sobre os principais gargalos ambientais nos processos de produção agrícola e de secagem do trigo; iv) ausência de informações sobre as demandas socioeconômicas dos atores da cadeia de suprimentos para aquisição de trigo e farinha, em especial práticas sociais e de governança que sejam de interesse para a cadeia; e v) o desconhecimento pelo setor dos programas de certificação ambiental de produtos, baseados na Avaliação do Ciclo de Vida de produtos de diferentes modelos de produção que podem ser amplamente adotados no Brasil. O projeto mapeará essas demandas e disponibilizará aos atores interessados um protocolo orientador para aprimorar as práticas, em consonância com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e das demandas da cadeia. Isso servirá como um benchmark para futuras cadeias de suprimento e corporações que busquem melhorar os aspectos ESG da produção de trigo e farinha.