O objetivo deste projeto é desenvolver bioprodutos feitos à base de óleos de copaíba, andiroba e pracaxi, provenientes de comunidades amazônicas, cujos estudos prévios apontam características medicinais e farmacológicas, capazes de promover controle fungicida para Rhizoctonia solani, Colletotrichum spp, Fusarium spp, Aspergilus spp e Penicilium spp, com o objetivo de tratar sementes destinadas aos sistemas orgânicos e familiares de produção.

A possibilidade de usar óleos originários de plantas da Floresta Amazônica, abundante em espécies vegetais produtoras de substâncias naturais, é especialmente atrativa para a agricultura de base ecológica e familiar, promovendo o estímulo à economia tradicional local e às cadeias de produção para fortalecer comunidades agroextrativistas e os processos de inclusão social. Além disso, bioprodutos com características fungicidas e inseticidas são desejáveis para a composição de um portfólio de produtos estratégicos para o desenvolvimento da produção agrícola sustentável, conforme previsto no Programa Nacional de Bioinsumos.

O emprego do tratamento em sementes é uma forma eficiente, e cada vez mais necessária, no controle de patógenos associados a fatores como perda de viabilidade, podridão e morte de sementes, podridões radiculares no início do desenvolvimento da plântula, seca de folhas e morte de plantas em diversas culturas de importância econômica, entre elas as leguminosas-pulse. Para tanto, foram escolhidas para os experimentos as culturas do feijão comum e do feijão-caupi, ambas integrantes do prato básico do brasileiro e igualmente suscetíveis a situações de contaminação de sementes, com grandes perdas no campo, e também do feijão-mungo, com mercado crescente, altos valores de exportação e também vítima dos mesmos patógenos.

Para o alcance dos resultados, uniram-se os centros de pesquisa da Embrapa Acre, Amapá, Roraima, Meio Ambiente e Agrobiologia.