O Brasil é um dos maiores produtores de celulose, papel e painéis de madeira no mundo. O uso de novas tecnologias que envolvem insumos biológicos apresenta um grande potencial para aumentar a produtividade de forma sustentável. Plantios florestais vigorosos e produtivos dependem de mudas de alta qualidade, que desempenham um papel crucial na determinação das taxas de sobrevivência, crescimento e produtividade florestal. Portanto, a produção de mudas é uma etapa de extrema importância na cadeia produtiva florestal. É fundamental empregar tecnologias que visem garantir a qualidade das mudas, reduzindo assim a necessidade de replantio, o que representa um alto custo no sistema produtivo, especialmente diante de cenários climáticos cada vez mais instáveis. Além disso, as florestas frequentemente são estabelecidas em solos marginais, o que requer a aplicação de fertilizantes, aumentando os custos de produção. Portanto, a produção de mudas de alta qualidade, com sistemas radiculares bem desenvolvidos, pode resultar em economias de produção e promover a sustentabilidade. As bactérias promotoras do crescimento possuem um alto potencial para a produção de mudas florestais, mas ainda são pouco exploradas quando comparadas às culturas agrícolas.
Cabe ressaltar, que os usos de bactérias promotoras do crescimento também podem auxiliar na produção de raízes em estaquia. Além disso, alguns nutrientes, como o fósforo são limitantes para a produção, e o uso de bactérias pode ser uma forma viável de disponibilizar este nutriente. O uso de bactérias promotoras de crescimento também pode favorecer a simbiose de plantas com fungos micorrízicos. O objetivo deste projeto é desenvolver novos bioinsumos, a partir de inoculantes contendo bactérias promotoras do crescimento, destinados à produção de mudas florestais, em especial Pinus e Eucalyptus.