Em um mundo em constante mutação, a agricultura enfrenta um desafio crucial: adaptar-se às mudanças climáticas. O feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.), alimento básico para milhões de pessoas, precisa se tornar mais resiliente a essas mudanças, garantindo a segurança alimentar das próximas gerações. É nesse contexto que este projeto de pesquisa se propõe a desvendar os segredos da adaptação do feijão-comum, utilizando ferramentas inovadoras da ciência da "Ambientómica (Enviromics)".As mudanças ambientais globais exigem que os programas de melhoramento vegetal desenvolvam cultivares mais adaptadas às novas realidades climáticas. A análise de dados é essencial para alcançar esse objetivo, e a Ambientómica surge como uma ferramenta poderosa para identificar os impactos ambientais relevantes que influenciam a adaptação do feijão-comum.Este estudo visa quantificar os efeitos dos diversos fatores climáticos na adaptação atual do feijão-comum de elite no Brasil. Através de uma abordagem de "previsão ambiental", combinaremos modelos de simulação de cultura e modelos estatísticos para identificar a influência das variáveis climáticas nos diferentes estádios de desenvolvimento da cultura, época e região de cultivo.Com base em nossa análise, buscaremos identificar os pontos fracos do feijão-comum em relação às mudanças climáticas, como secas, inundações e temperaturas extremas. Essa informação é crucial para o desenvolvimento de novas variedades mais resistentes a esses desafios, garantindo alta produtividade mesmo em condições adversas.O objetivo final deste projeto é incrementar a eficiência produtiva do feijão-comum nas regiões de produção do Brasil (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste). Através da otimização do uso de recursos naturais como precipitação, radiação solar e temperatura, buscamos promover um desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira, garantindo a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente para as próximas gerações.Acreditamos que a Ambientómica pode contribuir com um futuro mais próspero, onde o feijão-comum continua a ser um alimento essencial para a vida de milhões de pessoas. Através da pesquisa científica rigorosa e da busca por soluções inovadoras, estamos construindo um futuro mais resiliente para a agricultura brasileira e para a segurança alimentar global.