Microcarreadores comestíveis de origem vegetal para engenharia e produção de um análogo de linguiça com células bovina, suína e frango
Microcarreadores comestíveis de origem vegetal para engenharia e produção de um análogo de linguiça com células bovina, suína e frango
A indústria alimentícia tem investido em inovações no cultivo in vitro de carnes, impulsionada pelo crescimento populacional global e a crescente demanda por alimentos. Segundo a FAO, até 2050 será necessário aumentar a produção de alimentos em 70% para alimentar uma população mundial de 10 bilhões. A falta de nutrição adequada, muitas vezes associada à baixa qualidade dos alimentos, ressalta a importância de garantir o acesso a alimentos seguros e nutritivos. A segurança alimentar e a inocuidade dos alimentos são desafios que precisam ser enfrentados por cientistas, produtores, governos e reguladores, especialmente diante de fatores externos como guerras, pandemias e catástrofes ambientais. A carne cultivada é vista como uma das alternativas mais promissoras no campo das proteínas, por sua capacidade de replicar as características estruturais da carne convencional. No entanto, para alcançar seu potencial máximo, é necessário superar obstáculos como o desenvolvimento de estratégias tecnológicas em escala industrial para expansão celular, biomateriais de suporte comestíveis e o processamento de células em carne. A produção de carne cultivada depende do isolamento e da expansão de células-tronco específicas, como células-tronco pluripotentes (ESCs e iPSCs) e células-tronco adultas (CTMs, ADSCs, FAPs e SCs). Essas células são induzidas a se diferenciar em miócitos (células musculares) e adipócitos (células de gordura) para formar a carne cultivada. Propondo uma abordagem inovadora, este projeto utiliza microcarreadores comestíveis de origem vegetal, que servem como suporte para a expansão celular em biorreatores e são incorporados ao produto final. Isso não só reduz os custos de produção, eliminando a necessidade de colheita dos microcarreadores, mas também melhora a textura, aparência e valor nutricional da carne. Essa abordagem permitirá ainda a modulação do conteúdo nutricional, como a adição de ácidos graxos ômega-3 e carotenoides, aprimorando a qualidade do produto final.
Situação: em execução Data de Início: Wed Nov 01 00:00:00 GMT-03:00 2023 Data de Finalização: Sat Oct 31 00:00:00 GMT-03:00 2026
Unidade Lider: Embrapa Suínos e Aves
Líder de projeto: Ana Paula Almeida Bastos
Contato: ana.bastos@embrapa.br