Desenvolvimento da vacina para influenza aviária baseada em virossoma e teste diagnóstico que permite uma estratégia de diferenciação de animais infectados de animais vacinados (DIVA)

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O vírus influenza A causa infecção em aves e mamíferos, incluindo suínos e humanos, e representa risco para a saúde pública devido ao seu potencial de ocasionar pandemias . Globalmente, a influenza aviária é a doença mais importante na avicultura, ou seja, de maior potencial de impacto para toda cadeia de produção de carne e ovos. Além da divisão dos vírus influenza em subtipos, estes vírus são também agrupados conforme o tipo de doença que causam, sendo definidos como vírus de alta ou baixa patogenicidade (do inglês “High Pathogenicity Avian Influenza – HPAI” ou IAAP, em português ou “Low Pathogenicity Avian Influenza – LPAI” ou IABP, respectivamente). Sabe-se que alguns subtipos do vírus da gripe aviária A(H5) e A(H7) são classificados como vírus do tipo IAAP, enquanto a maioria dos vírus A(H5) e A(H7) que circulam entre as aves são vírus tipo IABP. No ano de 2023, no Brasil, tivemos as primeiras notificações de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em aves silvestres e aves de subsistência. Nesse contexto, as estratégias de vacina contra o vírus da influenza aviaria (VIA) em aves estão sendo continuamente exploradas para procurar formulações mais imunogênicas ou de proteção cruzada, incluindo novas abordagens. O uso do princípio DIVA para “diferenciar animais infectados de animais vacinados” visa auxiliar na erradicação de uma doença infecciosa de uma região ou país. O princípio tem sido aplicado principalmente a surtos de doenças que normalmente não são endêmicas no país e onde a erradicação é o objetivo final. A decisão de erradicar através de um programa de abate sanitário, ou de utilizar outras medidas de controle que podem incluir a vacinação, é muitas vezes uma decisão difícil que deve considerar múltiplos fatores. De fato, os princípios do abate sanitário são claros: diagnosticar quando uma doença é introduzida num país ou região, identificar explorações com animais infectados e, em seguida, destruir os animais infectados e os animais que provavelmente tenham sido expostos aos animais infectados o mais rapidamente possível, antes que contaminem animais sadios. Uma das principais alternativas de tais programas é vacinar e testar para proteger animais não infectados. O desenvolvimento de uma vacina com amostra viral representativa do Brasil, que induz resposta de memória longa, para prevenir tanto a infecção como a doença, reduzirá a quantidade de doses necessárias ao programa sanitário e as aves vacinadas não se infectaram e nem excretariam vírus, assim reduzindo drasticamente o contágio nas aves. Para o comércio internacional de aves vacinadas, a estratégia DIVA necessita não só de discriminar entre aves infectadas e vacinadas, mas também de identificar aves vacinadas que sejam infectadas com o VIA. Sendo que a maioria dos países importadores de produtos avícolas considerou a presença de anticorpos como evidência de infecção prévia ou ativa pelo agente da doença, consequentemente bloqueará ativamente a importação de aves vivas e produtos avícolas. Por isso, alguns países argumentam contra o uso da vacinação já que os animais vacinados não poderiam ser facilmente diferenciados dos animais naturalmente infectados. O princípio da vacinação DIVA foi proposto como uma ferramenta potencial para garantir a movimentação segura de aves e produtos avícolas, mesmo quando a vacinação é usada para o controle da influenza aviária. Para tal, esse projeto visa o desenvolvimento de uma vacina DIVA e um kit diagnóstico para diferenciar animais vacinados dos animais infectados. Esses dois ativos tecnológicos permitirão a distinção de aves vacinadas e infectadas, e poderá ser uma ferramenta importante para o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) utilizar, caso seja necessário.

Situação: em execução Data de Início: Wed Jan 01 00:00:00 GMT-03:00 2025 Data de Finalização: Fri Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2027

Unidade Lider: Embrapa Suínos e Aves

Líder de projeto: Ana Paula Almeida Bastos

Contato: ana.bastos@embrapa.br