Desenvolvimento de cultivares de triticale para a produção de etanol amiláceo adaptadas a Região Sul do Brasil.
Desenvolvimento de cultivares de triticale para a produção de etanol amiláceo adaptadas a Região Sul do Brasil.
Foto: KURTZ, Paulo Odilon Ceratti
Em um cenário mundial de mudanças climáticas e busca por novas alternativas que apresentem benefícios ao meio ambiente gerando sustentabilidade para cadeias de agroindústrias, o etanol se destaca como opção viável na conversão do uso de energia fóssil para energia renovável. A emissão de CO e CO2 em motores de veículos que usam combustível fóssil é de, aproximadamente, 70% e 19%, respectivamente. O uso de motores movidos a etanol pode reduzir a emissão destes gases e a dependência dos combustíveis fósseis. No Brasil, o milho é o cereal mais usado para produção de etanol amiláceo, concentrando as usinas de processamento nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo. Segundo a CONAB (CONAB, 2021) foram cultivados, no Rio Grande do Sul, pouco mais de 7,5 milhões de hectares no verão e, destes, somente 1,1 milhão de hectares no inverno. Mais de 6 milhões de hectares poderiam ser aproveitados para a produção de cereais de estação fria para alimentação humana, alimentação animal (com a transformação em leite e carne) e para produção de etanol amiláceo. Na região de Passo Fundo, pouco mais de 900 mil hectares são usados no setor agropecuário e, de maneira semelhante ao histórico estadual, também tem área disponível na estação fria para incrementos de lavouras de inverno. A produção de etanol amiláceo no Rio Grande do Sul está prevista com o uso de amido principalmente oriundo de grãos de cereais como matéria-prima. O Triticale é ótima fonte de amido, além de proporcionar melhor uso da terra na estação fria, primeiramente pela rusticidade às adversidades de solo, inclusive ao alumínio tóxico, seguido pelo potencial de rendimento, característica relevante para o melhor desenvolvimento das plantas/lavouras. Além disso, o triticale apresenta elevada atividade amilolítica, principalmente α-amilase, crucial na sacarificação do amido. Considerando que a técnica de sacarificação se dá por meio de enzimas comerciais, o processamento do triticale é economicamente benéfico, pois possibilita a redução dessas na produção de etanol. O objetivo deste projeto é desenvolver e disponibilizar cultivares de triticale específicas para geração de energia renovável por meio da produção de etanol amiláceo.
Situação: em execução Data de Início: Fri Mar 01 00:00:00 GMT-03:00 2024 Data de Finalização: Wed Feb 28 00:00:00 GMT-03:00 2029
Unidade Lider: Embrapa Trigo
Líder de projeto: Jane Rodrigues de Assis Machado
Contato: jane.machado@embrapa.br