O Brasil, como um dos maiores produtores agrícolas mundiais, é também um dos maiores consumidores de pesticidas, com um mercado que movimenta mais de US$2,5 bilhões ao ano e consumo superior a 140.000 toneladas em ingredientes ativos. Como consequência, hoje muitos reservatórios de água, superficiais e subterrâneos, apresentam traços destes poluentes, e a imposição legal para contenção de águas com resíduos (utilizadas no processamento de alimentos ou na limpeza de implementos) vêm crescendo rapidamente. Entretanto, feita a contenção, os resíduos necessitam de tratamento adequado, o que não é trivial, visto que os métodos tradicionalmente usados no tratamento de água são totalmente ineficientes. Entre os métodos alternativos propostos um dos mais promissores baseia-se na utilização de técnicas fotoquímicas para degradar e mineralizar os resíduos de pesticidas em água. O projeto teve como objetivo incorporar o uso de fotocatalisadores nanoestruturados ao sistema fotorreator, para atender às necessidades do meio agrícola, instalado no próprio local onde os resíduos são gerados e realizando um tratamento rápido e eficiente de forma a diminuir gastos com armazenamento e transporte dos resíduos, além de evitar que estes sejam descartados diretamente no ambiente.