O coqueiro apresenta grande importância social e econômica para o Brasil, pela geração de renda e emprego, fixação do homem no campo, fornecimento de matéria-prima tanto para uso agroindustrial, na fabricação de alimentos, quanto no uso in natura na culinária e como água de coco, e na sustentabilidade de ecossistemas frágeis do litoral, principalmente, da região Nordeste. Há também uma grande possibilidade de o coqueiro ser incluído no programa biodíesel, devido a algumas cultivares apresentarem altos teores de óleo de boa qualidade no albúmen sólido. De acordo com dados da FAO de 2003, o Brasil é o quarto país maior produtor de coco, com 2.695.200 t, representando, no entanto, apenas 5,35% da produção mundial. Essa produtividade é basicamente um reflexo do aumento da fronteira agrícola. A produção média de coco no Brasil é muito baixa, isto é, entre 20 a 30/frutos/planta/ano, sendo ocasionado principalmente pelo uso de cultivares não melhoradas, com baixo potencial genético, baixa estabilidade de produção, susceptíveis a pragas e a estresses ambientais. Nesse sentido, o projeto objetivou selecionar cultivares de coqueiro superiores em produção e qualidade dos frutos, polpa e água de coco, ricas em óleo de boa qualidade, resistentes a pragas e estresses ambientais, e adaptadas aos agroecossistemas para melhorar a sustentabilidade da exploração do coqueiro no Brasil, bem como desenvolver protocolos para a propagação in vitro do coqueiro.