Práticas agroecológicas e alternativas às queimadas: a busca pela consolidação em municípios do nordeste paraense
Práticas agroecológicas e alternativas às queimadas: a busca pela consolidação em municípios do nordeste paraense
A passagem da agricultura tradicional para o padrão moderno na Amazônia aumentou o consumo de energia, intensificou o uso dos recursos naturais, substituiu áreas de floresta por monocultivos, causando degradação dos solos e contaminação de recursos hídricos pelo uso excessivo de produtos químicos. A intensificação do uso de agrotóxicos, adubos químicos e da mecanização contribuiu para a expansão das lavouras com monocultura, reduzindo o nível de emprego rural, aumentando a concentração de posse da terra e acelerando o êxodo de agricultores familiares, provocando o aumento populacional nas periferias das cidades. Por outro lado, a agricultura tradicional, baseada na prática de corte e queima, tem se tornado alvo de manifestações de ambientalistas e cientistas do mundo inteiro pela emissão de gases que contribuem para o efeito estufa. Logo, torna-se fundamental que alternativas ecológicas sejam oferecidas para alcançar a sustentabilidade das unidades de produção familiar através do uso sustentável dos recursos naturais na Amazônia. Dentre as alternativas viáveis, destacam-se na Amazônia as iniciativas de preparo de área sem uso de fogo, como o Projeto Tipitamba, projeto Roça Sem Queima, Sistemas Agroflorestais e alternativas agroecológicas praticadas por agricultores da região. A disponibilização dos conhecimentos e das práticas através do treinamento de capacitadores pode contribuir para o desenvolvimento sustentável e fortalecimento da agricultura familiar, com inclusão social. Portanto, é necessário organizar, capacitar, implementar e monitorar as alternativas agroecológicas existentes, dando ênfase ao manejo de sistemas sem uso de fogo. Dessa forma, o Pólo Rio Capim e a comunidades em Igarapé Açu e Marapanim-Pará representam regiões estratégicas para implementação dessas atividades. Esta proposta consistirá em um recurso importante no processo de transição agroecológica requerida pelo PROAMBIENTE e pelas metas propostas pela comunidades trabalhadas, além de fortalecer esta agricultura de forma mais sustentável. O objetivo desta proposta consiste em oferecer alternativas sustentáveis à agricultura de derruba e queima baseadas em princípios agroecológicos, com vistas ao uso sustentado da terra e melhoria de vida de agricultores familiares do nordeste paraense. Os agricultores serão capacitados nos sistemas de produção e/ou criação de cada uma das experiências agroecológicas bem-sucedidas, bem como, poderão apropriar-se dos materiais genéticos que serão disponibilizados nessas unidades. Espera-se, no final, que o projeto tenha motivado agricultores familiares e tornado acessíveis conhecimentos e ideias de manejo com base agroecológica, dessa forma contribuindo para a consolidação de uma agricultura mais saudável e sustentável.
Ecossistema: Amazônico
Situação: concluído Data de Início: Wed Jul 01 00:00:00 GMT-03:00 2009 Data de Finalização: Wed Jun 30 00:00:00 GMT-03:00 2010
Unidade Lider: Embrapa Amazônia Oriental
Líder de projeto: Osvaldo Ryohei Kato
Contato: osvaldo.kato@embrapa.br
Palavras-chave: agregação de valor, Agroecologia, corte-e-trituração, derruba-e-queima