Desenvolvimento de tecnologia de recuperação de áreas degradadas por perda de horizonte superficial na Caatinga
Desenvolvimento de tecnologia de recuperação de áreas degradadas por perda de horizonte superficial na Caatinga
Foto: BELLO, Liliane
A extração de material de características plásticas é uma atividade comum em todo o País, apresentando nomes e peculiaridades em cada região, como saibro, barro, argila, piçarra, entre outros. Essas áreas exploratórias são comumente abertas em encostas ou em cavas que, muitas vezes, podem chegar a alguns metros de profundidade. Podem, ainda, simplesmente retirar todo um morro ou encosta, tornando a topografia da área bem distinta em relação à original.
É difícil estabelecer o total da área impactada por essa prática, pois ela consiste em uma atividade pulverizada, que visa a atender demandas locais, como melhoria de acessos, terraplanagens diversas para construção civil, aterros sanitários, etc. O que se sabe com certeza é que, com a retirada dos horizontes superficiais, sem a intervenção do homem, essas áreas tendem a demorar muito tempo para serem cobertas novamente com vegetação. Em muitos casos, a falta de cobertura vegetal acaba aumentando a possibilidade de erosão, gerando transtornos tanto no meio rural como no meio urbano.
Embora seja uma atividade existente em todo o País, principalmente onde há desenvolvimento urbano, ela merece destaque na Caatinga, justamente por não haver muitos estudos com recomendações para reversão do processo degradatório. Em janeiro de 2007, a Embrapa Agrobiologia iniciou um projeto em parceria com a Petrobras e a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), com a finalidade de identificar espécies e modelos de revegetação de áreas degradadas por exploração de piçarra na Caatinga do Rio Grande do Norte.
Foram selecionadas seis jazidas de extração para a condução do estudo, nas quais foram avaliados métodos de plantio (com ou sem reposição de solo superficial) e adubação (com ou sem adição de esterco na cova de plantio). Foram testadas cerca de dez espécies de leguminosas arbóreas e arbustivas fixadoras de nitrogênio, além de outras dez espécies, entre leguminosas não fixadoras e não leguminosas. Todas, em sua maioria, são nativas da região. Ao final dos dois anos de condução desse projeto, observou-se uma taxa de sobrevivência das mudas de 85%, sendo que muitas espécies arbóreas já ultrapassavam três metros de altura.
No Rio Grande do Norte há mais de 3 mil poços de petróleo em terra e cerca de 300 a 500 hectares a serem recuperados, devido à existência de jazidas de extração de piçarra.
É difícil estabelecer o total da área impactada por essa prática, pois ela consiste em uma atividade pulverizada, que visa a atender demandas locais, como melhoria de acessos, terraplanagens diversas para construção civil, aterros sanitários, etc. O que se sabe com certeza é que, com a retirada dos horizontes superficiais, sem a intervenção do homem, essas áreas tendem a demorar muito tempo para serem cobertas novamente com vegetação. Em muitos casos, a falta de cobertura vegetal acaba aumentando a possibilidade de erosão, gerando transtornos tanto no meio rural como no meio urbano.
Embora seja uma atividade existente em todo o País, principalmente onde há desenvolvimento urbano, ela merece destaque na Caatinga, justamente por não haver muitos estudos com recomendações para reversão do processo degradatório. Em janeiro de 2007, a Embrapa Agrobiologia iniciou um projeto em parceria com a Petrobras e a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), com a finalidade de identificar espécies e modelos de revegetação de áreas degradadas por exploração de piçarra na Caatinga do Rio Grande do Norte.
Foram selecionadas seis jazidas de extração para a condução do estudo, nas quais foram avaliados métodos de plantio (com ou sem reposição de solo superficial) e adubação (com ou sem adição de esterco na cova de plantio). Foram testadas cerca de dez espécies de leguminosas arbóreas e arbustivas fixadoras de nitrogênio, além de outras dez espécies, entre leguminosas não fixadoras e não leguminosas. Todas, em sua maioria, são nativas da região. Ao final dos dois anos de condução desse projeto, observou-se uma taxa de sobrevivência das mudas de 85%, sendo que muitas espécies arbóreas já ultrapassavam três metros de altura.
No Rio Grande do Norte há mais de 3 mil poços de petróleo em terra e cerca de 300 a 500 hectares a serem recuperados, devido à existência de jazidas de extração de piçarra.
Ecossistema: Região Caatinga e Florestas deciduais
Situação: concluído Data de Início: Wed Sep 01 00:00:00 GMT-03:00 2010 Data de Finalização: Fri Aug 31 00:00:00 GMT-03:00 2012
Unidade Lider: Embrapa Agrobiologia
Líder de projeto: Alexander Silva de Resende
Contato: alexander.resende@embrapa.br
Palavras-chave: bioma caatinga, leguminosas arbóreas, RAD, semi-árido