O dendezeiro ( Elaeis guineensis) é, dentre as oleaginosas cultivadas, a de maior produtividade, podendo atingir de quatro a oito toneladas de óleo por hectare ao ano. A espécie americana conhecida como caiaué ou dendezeiro americano ( Elaeis oleifera) vem despertando interesse de pesquisadores, pois além de apresentar resistência ao amarelecimento fatal (AF), possui resistência a diversas pragas e doenças presentes na dendeicultura latino-americana. O cruzamento entre caiaué e o dendezeiro pode ser realizado com relativa facilidade, obtendo-se híbridos viáveis, com potencial para atingir produtividades semelhantes às do dendezeiro. A Embrapa Amazônia Ocidental é a única empresa brasileira a fornecer sementes pré-germinadas de dendezeiro para o mercado nacional e internacional. O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), lançado em 2005, vem incentivando o cultivo do dendezeiro, com aumento do número de produtores e da demanda por sementes. A produção de sementes germinadas de dendezeiro no Brasil ainda não atende a demanda nacional. Embora o déficit em grande parte esteja relacionado à quantidade de sementes produzidas no campo, parte significativa deve-se a perdas ocorridas no armazenamento e na germinação das sementes, sendo necessário desenvolver ou adaptar testes eficientes e rápidos que validem a qualidade dessas sementes antes, durante e após o armazenamento. Apesar do tratamento químico das sementes ser uma prática de rotina na Embrapa Amazônia Ocidental e, aparentemente, controlar os patógenos de sementes, faz-se também necessário a detecção e identificação destes agentes, com vistas à possibilidade de resistência adquirida, bem como, estabelecimento de possíveis métodos de controle. Geralmente, a viabilidade das sementes de dendezeiro é analisada pela classificação de embriões, onde é realizada uma avaliação visual de anormalidades do embrião. Para germinação e produção/comercialização de sementes de dendezeiro, a Embrapa Amazônia Ocidental utiliza a metodologia descrita por Nunes et al. (1998), que consiste, basicamente, em tratamento térmico de quebra de dormência. Os resultados da germinação não permitem, por si, detectar o curso e as possíveis causas da deterioração das sementes que possam ocorrer, indicando apenas somente o estádio final depois que todo o processo de quebra de dormência foi estabelecido. Desta forma, o projeto objetivou o desenvolvimento e a realização de testes de vigor mais apurados como ferramenta de rotina, na produção de sementes germinadas de dendezeiro, incluindo as cultivares e linhagens de dendezeiros africanos, de caiaué e dos híbridos interespecíficos.