Transferência de Tecnologias para o Manejo de Bacurizais Nativos como Alternativa Econômica à Agricultura Familiar no Nordeste Paraense e Ilha do Marajó- PA
Transferência de Tecnologias para o Manejo de Bacurizais Nativos como Alternativa Econômica à Agricultura Familiar no Nordeste Paraense e Ilha do Marajó- PA
Faz parte das prioridades da Embrapa Amazônia Oriental no desenvolvimento da fruticultura regional e na busca de alternativas econômicas para a agricultura familiar. A ação sobre o manejo de bacurizeiros nesta nova etapa procurará intensificar o treinamento dos produtores visando ampliar a área manejada no Estado do Pará, aproveitando os rebrotamentos existentes nas áreas de ocorrência natural com a tecnologia que foi selecionada nos anos anteriores. O Projeto visa treinar 300 produtores das Mesorregiões do Nordeste Paraense e da Ilha de Marajó e coaduna com a política do plantio de Um Bilhão de Árvores lançado pelo Presidente Lula, em 30 de maio de 2008. O objetivo do Projeto visa por meio de treinamento aos produtores e técnicos, expandir as áreas manejadas e de plantios de bacurizeiros no Nordeste Paraense e na Ilha de Marajó. Outras atividades referem-se ao desenvolvimento das pesquisas sobre manejo e plantio, o início do desenvolvimento de uma despolpadeira do fruto de bacuri e divulgação de trabalhos técnicos-científicos sobre a espécie. O bacurizeiro é uma das poucas espécies arbórea amazônica de grande porte que apresenta estratégias de reprodução sexuada (sementes) e assexuada (brotações oriundas de raízes). Nos locais de ocorrência natural, que vai desde a ilha de Marajó, seguindo a costa do Pará e do Maranhão e adentrando ao Piauí, a densidade de bacurizeiros em início de regeneração chega a alcançar a expressiva marca de 40 mil indivíduos/hectare. Este aspecto constitui-se em importante alternativa para promover a recuperação de mais de 50 mil hectares de áreas degradadas e para recompor áreas de Áreas de Reserva Legal (ARL) e Áreas de Preservação Permanente (APP), mediante seu manejo ou efetuando plantios racionais. Atualmente a totalidade da produção de frutos é de origem extrativa obtida de árvores oriundas de regeneração natural. No passado, o bacurizeiro foi mais importante como espécie madeireira que como planta frutífera. Sua madeira resistente e de coloração bege-amarelada foi muito utilizada na construção de embarcações e de casas, o que ainda se verifica em muitas áreas de ocorrência natural. A polpa do bacuri chega a atingir até R$ 20,00/kg e sem condições de atender nem o mercado local. Isto fez com que a pressão da demanda fosse sentida nas áreas de ocorrência induzindo o manejo desses rebrotamentos e o estabelecimento de pomares por agricultores nipo-brasileiros e de pequenos produtores nos municípios de Tomé-Açu e Acará, Pará. Essa fruta que era uma das "comidas do mato" do herói sem nenhum caráter, o Macunaíma, segue o caminho da castanha-do-brasil, guaraná, pupunha, cupuaçu e açaí, ganhando dimensão nacional e internacional.
Este Projeto conta, também, com o apoio da Emater-Pará, das Secretarias Municipais de Agricultura e das Associações de Produtores nos municípios envolvidos, para a seleção e a identificação das comunidades para a realização dos treinamentos e da adoção das práticas de manejo.
Este Projeto conta, também, com o apoio da Emater-Pará, das Secretarias Municipais de Agricultura e das Associações de Produtores nos municípios envolvidos, para a seleção e a identificação das comunidades para a realização dos treinamentos e da adoção das práticas de manejo.
Ecossistema: Amazônico
Situação: concluído Data de Início: Tue Feb 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Wed Aug 31 00:00:00 GMT-03:00 2016
Unidade Lider: Embrapa Amazônia Oriental
Líder de projeto: Alfredo Kingo Oyama Homma
Contato: alfredo.homma@embrapa.br
Palavras-chave: Bacurizeiro, Regeneração natural, Domesticação, Agricultura familiar, Manejo, Extrativismo vegetal