Efeito da radiação UV-B no controle biológico de Botrytis cinerea do morango com Clonostachys rosea

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

imagem

Foto: MALAGODI-BRAGA, Kátia Sampaio

As atividades antrópicas estão alterando as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, bem como a concentração de ozônio estratosférico, causando mudanças no clima do planeta, principalmente na elevação da temperatura média da superfície do planeta e o aumento da incidência de UV-B. Recentemente, o fenômeno tem se acelerado, pois as maiores temperaturas médias anuais e a incidência da radiação UV-B foram registradas nos últimos anos. Embora, represente apenas 5% da radiação ultravioleta que incide sobre a superfície terrestre, a radiação UV-B tem um potencial de causar efeitos em moléculas biologicamente ativas, pois é absorvida diretamente por ácidos nucléicos, lipídios e proteínas, o que leva à formação de vários tipos de fotoprodutos que comprometem a estrutura e a função dessas macromoléculas. Assim, mesmo um pequeno aumento na radiação UV-B pode ser significante ao processo fisiológico e consequentemente na regulação do tamanho e no balanço da população microbiana atmosférica. Os estudos sobre o efeito da radiação UV-B em patossistemas são limitados e há uma variação de respostas em função da espécie do patógeno. O mofo cinzento, causado pelo fungo Botrytis cinerea, é uma das principais doenças do morangueiro no Brasil, ocasionando perdas tanto em condições de campo como em pós-colheita, chegando a destruir 70% dos frutos. O fungo tem uma ampla gama de hospedeiros e várias medidas de controle são utilizadas para o manejo da doença, baseado principalmente na aplicação de fungicidas. Essa prática causa problemas de resíduos em frutos e a seleção de isolados resistentes do patógeno, o que tem aumentado os estudos de controle alternativo do mofo cinzento do morangueiro. O fungo Clonostachys rosea é um antagonista que controla B. cinerea eficientemente em condições de campo, reduzindo a esporulação do patógeno e consequentemente a infecção de flores e frutos. No contexto das mudanças climáticas, as interações complexas que envolvem o estabelecimento de um agente de controle biológico no patossistema podem sofrer alterações significativas na incidência e severidade da doença e na eficácia do método de controle e podem representar graves consequências econômicas, sociais e ambientais. Assim, o objetivo deste projeto é estudar o efeito do aumento da radiação UV-B no controle biológico de Botrytis cinerea do morango com Clonostachys rosea.

Situação: concluído Data de Início: Fri Apr 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Sun Mar 31 00:00:00 GMT-03:00 2013

Unidade Lider: Embrapa Meio Ambiente

Líder de projeto: Katia de Lima Nechet

Contato: katia.nechet@embrapa.br

Galeria de imagens