Avaliação agronômica, econômica e estabelecimento de parâmetros de manejo de água na irrigação de dendezeiro cultivados em áreas sub-ótimas dos Estados do Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Distrito Federal.

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Foto: BENCHEKCHOU, Zineb

O dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq.) é atualmente a oleaginosa mais promissora para atender a demanda por óleo vegetal para produção de biodiesel que vem sendo suprida com o óleo de soja e gorduras de origem animal. É uma espécie perene, de alta produtividade, cujo período de exploração econômica pode durar mais de 25 anos. Além de geradora de emprego e renda, a cultura do dendê já conta com todo o processo tecnológico necessário para o seu cultivo, processamento e aproveitamento de co-produtos. Por outro lado, as áreas de cultivo do dendezeiro estão restritas à Amazônia úmida e Litoral Sul da Bahia aonde vêm sofrendo fortes ameaças de pragas e doenças como o Amarelecimento fatal, que já devastou grandes áreas no estado do Pará e o Anel vermelho e a Marchitez na Bahia. Além da ameaça de pragas e doenças, o alto custo das operações de preparo de áreas como o desmatamento, transporte de corretivos e fertilizantes, estrutura viária precária têm reduzido consideravelmente a competitividade da cultura do dendezeiro nestas áreas. No Brasil há extensas áreas com temperaturas favoráveis ao cultivo de dendezeiro, porém, com índices pluviométricos abaixo daqueles exigido pela espécie. Entretanto, áreas como aquelas que ocorrem nos estados de Tocantins, Mato Grosso, Piauí e Distrito Federal têm grande disponibilidade de águas fluviais e, em alguns casos, com canais de irrigação construídos com recursos públicos que não foram utilizados ou são sub-utilizados por falta de opção rentável. Dessa forma, o cultivo do dendezeiro nas áreas consideradas sub-ótimas ou inaptas por deficiência hídrica por insuficiência de chuvas, fora da Amazônia úmida pode ser uma excelente opção. No entanto, no Brasil não existem ainda, pesquisas com o cultivo de dendê nestas áreas, onde as limitações parecem ser apenas a deficiência hídrica. Portanto é necessário gerar conhecimentos e ter um estoque de infromações a respeito do comportamento da cultura do dendezeiro irrigado como uma das alternativas para a produção de biodiesel nessas regiões. Os experimentos do Distrito Federal e Tocantins foram implantados em áreas de pastagens degradadas da Embrapa Cerrados, em Brasília-DF, Porto Nacional-TO e Araguatins-TO (Microrregião do Bico do Papagaio) em 2006. Com exceção do experimento de araguatins, todo vêm sendo irrigados por microaspersão. Nos experimentos de Brasília e Porto Nacional, duas, das quatro cultivares em teste, iniciaram a produção aos 2,5 anos de idade e, atualmente, com 4,0 anos, vem apresentando ótimo desempenho. Dessa forma, os experimentos do Distrito Federal são de grande importância para a determinação de índices técnicos e desempenho de cultivares de dendezeiro em áreas consideradas inaptas com base na literatura existente, o que certamente será fundamental para a realização de zoneamentos para a cultura do dendezeiro fora de áreas aptas.

Situação: concluído Data de Início: Fri Apr 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Thu Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2015

Unidade Lider: Embrapa Cerrados

Líder de projeto: Jorge Cesar dos Anjos Antonini

Contato: jorge.antonini@embrapa.br

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