Verticalização agroindustrial e gestão cooperativa: uma análise comparativa de alternativas de negócio agroindustrial na cadeia do coco da Região Norte Fluminense

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No setor agroindustrial, a estrutura bastante atomizada da agropecuária tem o potencial de levar os agricultores a verticalizar suas produções por meio da cooperativa. Entretanto, a cooperativa é uma organização difícil de ser gerenciada. O desafio fundamental na gestão da cooperativa é encontrar o equilíbrio entre interesses econômicos (orientados pelo crescimento mútuo do patrimônio do associado e da cooperativa), aspirações sociais (voltadas ao leque de serviços prestados pela cooperativa aos associados e beneficiários) e desejos políticos (ligados tanto às disputas internas dos associados pelo poder como também à competitividade da cooperativa). O projeto teve por principal objetivo comparar financeiramente possíveis alternativas de negócio agroindustrial na cadeia de coco da Região Norte Fluminense, tendo como referência a COOPQ - Cooperativa Mista de Produtores Rurais de Quissamã, que, desde 2002, adotou a tecnologia de conservação da água de coco transferida pela Embrapa Agroindústria de Alimentos. A análise comparativa foi desenvolvida em relação a quatro possíveis alternativas de negócios na cadeia do coco. A primeira se referiu à situação inicial existente antes da implantação da fábrica agroindustrial, ou seja, quando o valor comercial era relativamente alto para 65% dos cocos colhidos e relativamente baixo para os 35% restantes. A segunda alternativa correspondeu ao cenário em que toda a produção de coco in natura fosse destinada às atividades de extração e envase da água de coco. A terceira alternativa foi a situação existente depois da implantação da fábrica agroindustrial, com apenas 35% da produção como matérias-primas destinadas às atividades de extração e envase. A quarta alternativa foi definida, junto com os produtores de coco dentro de uma abordagem participativa, como aquela em que 65% dos cocos colhidos fossem utilizados como matérias-primas destinadas às atividades de extração e envase. Enquanto que as duas primeiras foram consideradas extremas as duas últimas foram vistas como intermediárias. Para alcançar o objetivo, realizou-se a análise determinística e probabilística dessas alternativas. Na análise determinística, calculou-se, a partir de dados fornecidos pelos gerentes e membros da cooperativa, diversos indicadores financeiros, tais como o VPL (valor presente líquido), o TIR (taxa interna de retorno), a lucratividade, a margem de contribuição, o prazo de recuperação (payback) e o ponto de equilíbrio. Com base no VPL, no TIR, na lucratividade e na margem de contribuição, desenvolveu-se, por meio do programa @Risk, a análise probabilística das alternativas de negócios, considerando a possibilidade de flexibilização de alguns parâmetros na montagem dos fluxos financeiros. Os resultados mostram que apenas a primeira alternativa de negócios é financeiramente inviável já que seu VPL é negativo e seu TIR é inferior à taxa mínima de atratividade. As demais alternativas são viáveis, tendo cada uma a margem de contribuição, a lucratividade e o VPL positivos e o TIR superior à taxa mínima de atratividade. Estas têm respectivamente níveis diferentes de viabilidade que se evidenciam em todos os indicadores calculados.

Ecossistema: Floresta Atlântica

Situação: concluído Data de Início: Thu Mar 01 00:00:00 GMT-03:00 2007 Data de Finalização: Sat Feb 28 00:00:00 GMT-03:00 2009

Unidade Lider: Embrapa Agroindústria de Alimentos

Líder de projeto: Andre Yves Cribb

Contato: andre.cribb@embrapa.br