Este projeto desenvolveu experimentos de campo e laboratório para avaliar o potencial genético de variedades de capim-elefante para produção de biomassa. Para isso, avaliou, além dos rendimentos, a qualidade dos tecidos das plantas – como conteúdo de nutrientes, fibra, celulose, lignina, entre outros itens –, a contribuição para a fixação biológica de nitrogênio (FBN) e estratégias de manejo para melhorar a qualidade do material com fins energéticos, a exemplo de sua aplicação na produção de carvão para uso industrial.
A proposta teve por base a experiência de mais de dez anos de trabalho com capim-elefante na Embrapa Agrobiologia, durante os quais foi avaliado seu potencial genético para alta produção de biomassa em solos pobres em nitrogênio, onde a FBN garante significativas quantidades desse nutriente para as plantas.
O capim-elefante pode alcançar uma produção de mais de 40 toneladas de matéria seca por hectare ao ano, em solos pobres e com nula ou mínima aplicação de fertilizante nitrogenado. Nessas condições, diversos estudos indicam que a FBN estaria contribuindo para reduzir a quantidade de energia fóssil envolvida no sistema de produção. Assim, no caso de seu emprego como substituto da lenha, o balanço energético pode ser superior a 20 unidades de energia produzida por cada unidade de energia investida no processo. Por outro lado, no caso da biomassa dessa planta ser empregada na produção de carvão, o balanço energético alcançaria valores ainda mais positivos.