O guaranazeiro ( Paullinia cupana) é cultura genuinamente brasileira e amazonense. Planta nativa da Amazônia, foi durante séculos utilizada pelas civilizações indígenas, devido às propriedades estimulantes e medicinais. O Brasil é o único país que produz guaraná comercialmente. Hoje existe no Brasil uma área plantada de 15.321 hectares (ha) e uma área colhida de 14.904 ha com produção de 3.056 toneladas de sementes secas e um rendimento na ordem de 205 kg/ha, com base na área colhida que corresponde a 97% da área plantada (IBGE, 2010). No Amazonas, o guaraná é cultivado por pequenos e grandes produtores. Grandes grupos empresariais possuem áreas de plantio variando de 80 hectares a 500 hectares (Atroch, 2001; Atroch, 2002). Por outro lado, em Maués, existem aproximadamente 1.600 pequenos produtores de guaraná, com área média de plantio de três hectares. Estima-se que, da oferta nacional de sementes secas, cerca de 70% seja absorvida pelos fabricantes de refrigerantes, enquanto os 30% restantes são comercializados em forma de xarope, bastão, pó e extrato para o consumo interno e para exportação (Atroch, 2001; Atroch, 2002). Este projeto teve como objetivo dar continuidade ao Programa de Melhoramento do Guaranazeiro, desenvolvendo variedades melhoradas de guaranazeiro com alta produtividade e com diversidade genética suficientes para enfrentar os fatores bióticos e abióticos que afetam a cultura no Estado do Amazonas, reduzindo assim as perdas de safra decorrentes de ataques de pragas e incidência de doenças que desestimulam sobremaneira o cultivo.