Análise filogenética do gene nodY/K revela coevolução e transferência horizontal entre Bradyrhizobium e leguminosas.

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

imagem

Autoria: DELAMUTA, J. R. M.; MENNA, P.; HUNGRIA, M.

Resumo: Plantas da família Leguminosae (Fabaceae) ocupam uma ampla variedade de biomas terrestres, com algumas delas estabelecendo simbiose com um grupo de bactérias coletivamente chamadas de rizóbios, cuja característica mais importante é a capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico (N2). No caso do Brasil, bactérias do gênero Bradyrhizobium representam a grande maioria dos isolados de leguminosas tropicais nativas, além de apresentarem relevância como simbiontes de culturas de importância econômica, como é o caso da soja. Estudos taxonômicos com essas bactérias têm demonstrado uma elevada diversidade genética entre as estirpes e, nos últimos anos, várias espécies já foram descritas. Contudo, quando a filogenia dos genes envolvidos no processo de nodulação e fixação do nitrogênio é analisada, essa diversidade é menos evidente. Com o objetivo de aportar conhecimento à filogenia dos genes de nodulação desses microrganismos, 45 estirpes de Bradyrhizobium isoladas de diferentes leguminosas foram estudadas. O papel do gene de nodulação nodY/K ainda não está completamente elucidado, sendo considerado como um provável gene relacionado à especificidade hospedeira na nodulação. Neste estudo, o gene nodY/K foi amplificado por PCR e, posteriormente, sequenciado. Para uma análise filogenética comparativa, o gene ribossomal (16S RNAr) também foi sequenciado. A árvore construída com o gene 16S RNAr dividiu as estirpes em dois grandes grupos, de ?B. japonicum? e de ?B. elkanii?, mas também revelou diversidade genética elevada em um dos grupos. No entanto, o agrupamento das estirpes com base no gene nodY/K não foi congruente com aquele encontrado com o gene 16S RNAr. É bem relatado que os fatores Nod são os responsáveis pela especificidade entre planta e bactéria e os resultados deste estudo confirmam isso, uma vez que 39 estirpes isoladas de soja apresentaram a sequência do gene nodY/K idêntica às espécies que são simbiontes da cultura. Seis estirpes não foram isoladas de soja; dentre essas, apenas a SEMIA 6071, isolada de Stylosanthes sp., agrupou com as estirpes simbiontes do grupo B. japonicum e foi capaz de nodular a soja. As outras estirpes (SEMIAS 613, 621, 938, 6056 e 6391) que não nodulam soja, ocuparam posições isoladas na árvore e apresentaram sequências gênicas divergentes. Os resultados obtidos suportam a hipótese de coevolução entre simbionte e leguminosa, mas também indicam que esses genes podem sofrer transferência horizontal, aumentando assim, a diversidade simbiótica entre as espécies.

Ano de publicação: 2014

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Soja

Palavras-chave: Gene, Genes

Observações

1 - Por padrão são exibidas publicações dos últimos 20 anos. Para encontrar publicações mais antigas, configure o filtro ano de publicação, colocando o ano a partir do qual você deseja encontrar publicações. O filtro está na coluna da esquerda na busca acima. 

2 - Para ler algumas publicações da Embrapa (apenas as que estão em formato ePub), é necessário ter, no celular ou computador, um desses softwares gratuitos. Sistemas Android: Google Play Livros; IOS: iBooks; Windows e Linux: software Calibre.

 


Acesse outras publicações

Acesse a Base de Dados da Pesquisa Agropecuária (BDPA) para consultar o acervo completo das bibliotecas da Embrapa.