Monitoramento do impacto do cultivo de eventos de milho geneticamente modificado expressando proteínas Bt sobre as comunidades microbianas da rizosfera.
Monitoramento do impacto do cultivo de eventos de milho geneticamente modificado expressando proteínas Bt sobre as comunidades microbianas da rizosfera.
Autoria: GOMES, E. A.; LANA, U. G. de P.; SANTOS, F. A. G. dos; SILVA, L. F.; OLIVEIRA-PAIVA, C. A.; VALICENTE, F. H.
Resumo: Eventos de milho geneticamente modificado (GM) expressando proteínas inseticidas de Bacillus thuringiensis (Bt) têm sido cultivados comercialmente no Brasil desde 2008. O monitoramento dessas plantas transgênicas após a liberação comercial deve ser feito a fim de analisar e avaliar os possíveis efeitos ambientais sobre organismos não alvo. Microrganismos no solo podem entrar em contato com as proteínas Bt quando estas são liberadas em exsudatos de raízes de milho Bt ou tecidos da planta em decomposição, sendo que a influência dessas proteínas sobre a composição da microbiota ainda é pouco compreendida. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto de eventos comerciais de milho transgênico expressando proteínas Bt na comunidade bacteriana do solo rizosférico. Para este fim, os milhos transgênicos MON 810, Bt 11, Herculex, MON 89034, VTPro II e Viptera, seus respectivos isogênicos tratados e não tratados com inseticidas químicos foram avaliados utilizando placas de Biolog EcoPlates? e DGGE (Eletroforese em gel de gradiente desnaturante). Os solos rizosféricos foram coletados aos 30 e 60 dias após a germinação em dois ambientes (Sete Lagoas e Janaúba - MG), por três anos consecutivos (safras 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013), sob condições de campo. A atividade e a diversidade metabólica avaliada utilizando o Biolog EcoPlates ? após 72 h de incubação não detectou diferenças entre o milho transgênico e o milho não transgênico. Os valores do índice de diversidade de Shannon demonstraram um alto nível de diversidade na comunidade bacteriana na rizosfera, porém, a análise estatística não revelou diferenças significativas entre os transgênicos, isogênicos e amostras tratadas com inseticida químico. A análise de DGGE também não mostrou diferença entre transgênicos e tratamentos não transgênicos, sendo agrupadas por local do cultivo, mostrando a importância do solo na modulação da comunidade microbiana. Em conclusão, estes resultados demonstraram que os eventos de milho transgênico expressando proteínas Bt comercializados no Brasil não apresentaram impacto significativo sobre a estrutura das comunidades bacterianas do solo, com base nos parâmetros estudados.
Ano de publicação: 2014
Tipo de publicação: Folhetos
Unidade: Embrapa Milho e Sorgo
Palavras-chave: Bacillus thuringiensis, Microbiologia do solo, Planta transgênica, Transgênico, Zea mays
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