Caracterização de isolados de Mycosphaerella fijiensis de diferentes regiões do Brasil por meio de VNTR.

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Autoria: PAIXÃO, R. D. V.; GASPAROTTO, L.; HANNADA, R. E.; SOUSA, N. R.; SILVA, G. F. da

Resumo: A sigatoka-negra da bananeira (Musa spp.) é causada pelo fungo Mycosphaerela fijiensis Morelet, que destrói a área foliar inibindo a capacidade fotossintética da planta, acarretando em baixa produção de frutos, tornando-se assim a mais importante doença da banana no mundo. Para auxiliar na seleção de plantas resistentes é de fundamental importância o conhecimento da diversidade do patógeno, que por sua vez podem ser avaliados com o auxilio de marcadores moleculares. Marcadores baseados em locos hipervariáveis de minisatélites ou Variable Number of Tandem Repeat (VNTR) possui um caráter altamente polimórfico e tem sido amplamente empregado no melhoramento de plantas e analises de diversidade de microrganismos. Deste modo o objetivo deste estudo foi caracterizar indivíduos de M. fijiensis de diferentes regiões do Brasil utilizando o marcador VNTR. Foram analisados 184 isolados de sete estados (AM, SP, MT, PA, RR, RO, AC) por meio de seis locis de VNTR desenvolvidos para M. fijiensis: 3959, 3831-2, 3786, 1333, 0705, 0252. Cada reação de PCR foi realizada em volume final de 20?L, contendo 50ng de DNA genômico, 5 ?M de cada primer, tampão 1X, 1,5 mM de MgCl2, 0,2 mM de dNTP e 0,2 U de Taq Polymerase. As reações foram realizadas utilizando o seguinte programa: Desnaturação inicial de 94ºC por 1 min, 30 ciclos de 94ºC por 30 s, 65ºC por 30 s, 72ºC por 30 s, seguidos de um alongamento final de 10 min a 72ºC e os produtos da PCR foram separados por eletroforese em gel de agarose 1,5%. Foi obtido um total de 16 alelos com padrões de bandas que variavam de 100 a 500 pares de base. Os minissatélites 1333, 3786, 3831-2 e 3959 apresentaram 3, 4, 4 e 3 alelos respectivamente. Entretanto os loci 0252 e 0705 não apresentaram polimorfismo na população em estudo. Os valores da similaridade genética estimados pelo coeficiente de Jaccard variaram de 0,36 a 1. O dendrograma obtido pelo método UPGMA distribuiu os isolados em cinco grupos sem discriminação por região. Baseados nestes dados, não existem padrões óbvios da distribuição geográfica dos isolados, assim como o alto nível de similaridade entre os isolados de diferentes Estados do país corrobora a hipótese de sua disseminação partir da região norte do Brasil.

Ano de publicação: 2010

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Palavras-chave: Sigatoka-negra

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