O controle microbiano no Brasil: passado, presente e futuro.

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Autoria: SOSA-GÓMEZ, D. R.

Resumo: Agentes de controle biológico são alternativas importantes nos programas de manejo integrado de pragas. Desde a década de 1980, produtos à base de Metarhizium anisopliae s. l. são muito utilizados. Da mesma maneira o vírus da lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis, teve um aumento em sua utilização desde 1985 até início de 2003, quando surtos da lagarta-falsa-medideira, Chrysodeixis includens, tornaram-se mais frequentes ocasionando um aumento do uso de inseticidas químicos, uma vez que o AgMNPV controle somente a lagarta-da-soja. Atualmente, populações de Helicoverpa armigera que alcançam os níveis de ação nas regiões produtoras são controladas mediante a aplicação de vírus de poliedrose nuclear e formulações de Bacillus thuringiensis. Estes agentes são alternativas interessantes para retardar a evolução de populações resistentes a amidas, fosforados, carbamatos, piretroides e plantas transgênicas. Entretanto, algumas pragas de importância agrícola, até o presente, não contam com agentes microbianos eficientes para seu controle, como no caso de C. includens. Entre os programas e/ou produtos de controle microbiano aplicados no Brasil, atuais e com sucesso, constam o controle de cigarrinhas com M. anisopliae e as aplicações de vírus no controle das lagartas Condylorrhiza vestigialis e H. armigera. Atualmente, o controle de A. gemmatalis está restrito a uma área menor de 100.000 ha, devido a prevalência de C. includens. Provavelmente, entre os patógenos de insetos modificados geneticamente no Brasil, que apresentam maior potencial de utilização são: o vírus AgMNPV, no qual o gen egt foi removido (denominado vAgEGT D-lacZ) para aumentar sua virulência e o vírus denominado vAgp2100Cf.chiA/v-cath, também derivado do AgMNPV, em que foram inseridos genes de catepsina e quitinase que realçam sua virulência. As transformações de fungos entomopatogênicos têm sido focadas na redução da sensibilidade a fungicidas e aumento de sua virulência. Avanços obtidos por engenharia genética de micro-organismos entomopatogênicos, não têm sido acompanhados pela aplicação prática desses agentes. Isto é devido, principalmente, pela dificuldade de registro e reticência para sua liberação. Portanto, perspectivas futuras de seu uso dependem de estudos de biossegurança, impacto ambiental e efetivação do registro

Ano de publicação: 2015

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Soja

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