Autoria: MORAES, A. S.; ALVES, F. V.; JULIANO, R. S.; FIORAVANTI, M. C. S.; LOPES, J. C. dos S.; BARCELLOS, G. P.

Resumo: Realizou-se entrevistas com 1998 consumidores de carne bovina em cinco capitais no Centro Oeste brasileiro (Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Brasília e Palmas), a fim de identificar sua percepção com relação às carnes diferenciadas, especialmente indicação geográfica (IG), buscando entender como utilizar issona estratégia para conservação das raças Pantaneiro e Curraleiro Pé-Duro.Constatou-se que a carne bovina é a mais consumidae a preferida, pelo menos 83%e 60 das famílias, respectivamente, com frequência diária de consumo de 32%.Os consumidores conhecem pouco sobre raças bovinas locais (exceto em Palmas: 65% conhece) eIG (exceto em Brasília: 65% conhece). Entretanto, demonstraram interesse em consumir carnes dessas raças, com IG caso houvesse opção de compra (75% a 85%). As principais razões para isso estão relacionadas à curiosidade (para experimentar), à qualidade do produto (saboroso, saudável e seguro) e à procedência (incentivar e valorizar produto local), com alta intenção de consumo (23% comeria todos os dias). Mesmo não conhecendo adequadamente o conceito de IG, os consumidores acreditam que tais carnes oferecem mais segurança (qualidade) e são mais confiáveis (saudáveis) do que carnes sem esses atributos. Existe uma alta disposição a pagar mais por esse tipo de carnes (65% a 78% pagariam mais), e 25% dos consumidores pagaria 5% a 10% mais em relação aos valores de mercado atuais da carne bovina.Esses fatores indicam um possível nicho de mercado nessas cidades.Conclui-se que o consumidor valorizaesse produto, sendo possível agregar-lhe valor. Assim, a IG pode contribuir para a conservação dessas raças.

Ano de publicação: 2015

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Soja

Palavras-chave: Biodiversidade, Carne, Carne bovina, Cerrado, Conservação da biodiversidade, Indicação geográfica, Raças bovinas localmente adaptadas