Potencial da bioacústica como ferramenta de monitoramento das atividades comportamentais de bovinos em confinamento.

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Autoria: TSCHOPE, G. L.; SOUZA, R. da S.; SILVA, D. S. M.; DOMICIANO, L. F.; ABREU, J. G. de; PEREIRA, D. H.; PEDREIRA, B. C. e

Resumo: As avaliações de comportamento animal pelo método visual apresentam algumas limitações, como dificuldade de visualização em locais de campo aberto com grandes extensões, com a presença de obstáculos como árvores ou os próprios animais quando aglomerados em confinamento. Uma alternativa é utilizar métodos automatizados, como a bioacústica. Este método tem a vantagem da possibilitar avaliações mais longas, inclusive noturnas, sem interferir no comportamento dos animais, pois não há a necessidade da presença do observador. Deste modo, objetivou-se correlacionar a avalição do comportamento pelos métodos visual e bioacústico em bovinos confinados. As avaliações foram conduzidas na Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop - MT, utilizando-se quatro novilhos Nelore de 290 kg. A avaliação do uso tempo em atividades de alimentação ( dieta composta por silagem de milho e ração a base de milho e farelo de soja fornecida duas vezes ao dia), de ruminação e outras atividades ( como ócio, dessedentação e socialização) foram realizadas pelo método direto de observação visual a cada 5 minutos. As avaliações foram feitas das 6:00 às 18:00, em dois dias consecutivos. Simultaneamente, estes animais foram equipados com gravador e microfone alocados no cabresto para coleta por meio da bioacústica. Os equipamentos foram alocados na tarde anterior, evitando o manejo com os animais no dia da avaliação. A análise e interpretação dos áudios obtidos foram realizados no programa Audacity® v.2.1.2 e comparados com as avaliações visuais pela correlação de Willmott (d) e Pearson (r), e ajuste da equação de regressão (r2), em que, ambos quanto mais próximo a 1, maior é a correlação. O tempo avaliado como alimentação pelo método visual (38,1 %) foi 9,1 % menor (p=0,692) que o bioacústico ( 41,9% ), proporcionando baixa correlação d (0,372), r (0,208) e r2 (0,043). De modo antagônico, o tempo em outras atividades analisadas pelos métodos visual (39,2%) foi 11,5% maior (p=0,082) que o bioacústico (34,7% ), apresentaram correlação d (0,768), r (0,756) e r2 (0,571) satisfatórios. Esta diferença foi ocasionada possivelmente pela interpretação de outras outras atividades como sendo alimentação, o que sugere melhoria na qualidade da captação do áudio. No entanto, o tempo em ruminação pelo método visual (22,7%) foi apenas 3,4% menor (p=0,015) que o bioacústico (23,5%) e apresentaram alta correlação d (0,926), r (0,899) e ajuste da regressão r2 (0,808). Isto ocorreu devido a facilidade de distinguir estas atividades nos gráficos de áudio. Deste modo, pode-se concluir que a bioacústica apresenta potencial para determinação das atividades comportamentais de bovinos confinados, porém, ainda são necessários mais estudos para melhorar a qualidade do áudio adquirido para não ocorrer equívocos na leitura.

Ano de publicação: 2016

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Palavras-chave: Novilho, Pastejo, Ruminação

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