Usina Flex: comparação dos desempenhos ambiental e energético do etanol de cana-de-açúcar, milho e sorgo.
Usina Flex: comparação dos desempenhos ambiental e energético do etanol de cana-de-açúcar, milho e sorgo.
Autoria: DONKE, A. C. G.; VIÑAS, R.; MATSUURA, M. I. da S. F.; MATAI, P. H. L. S.; KULAY, L. A.
Resumo: Resumo: O etanol está consolidado como combustível para movimentação de veículos leves e, nos últimos 40 anos, apenas a cultura de cana-de-açúcar foi explorada comercialmente para a produção deste combustível. Por outro lado, o desenvolvimento agrícola vem proporcionando safras recordes de grãos nas últimas décadas. A produção de milho se destaca pelo aumento da produtividade, podendo ser semeado como cultura principal ou como cultura de inverno em rotação com a soja. O sorgo, por sua vez, pode atuar como um substituto do milho, apresentando maior rusticidade e tolerância à seca. Dada essa conjuntura, usinas de etanol do Mato Grosso se associaram a produtores de milho e sorgo para incluir novas matérias-primas no processo de produção de combustíveis, compartilhando uma mesma unidade industrial, denominada Usina Flex. O objetivo deste trabalho foi realizar a avaliação do desempenho ambiental e energético do etanol de cana-de-açúcar, de milho e de sorgo produzidos no contexto supramencionado, através do levantamento de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e do levantamento do retorno energético, segundo a abordagem do ciclo de vida. A unidade funcional do estudo foi 1 m³ de etanol hidratado e o sistema de produto incluiu a produção de insumos, produção da matéria-prima agrícola, produção de etanol, cogeração e etapas de transporte. Para a etapa agrícola da produção foram consideradas emissões causadas por uso de fertilizantes e vinhaça e restos culturais deixados no campo, pela queima de combustível em operações mecanizadas, pela queima da palhada (no caso da cana), além das emissões em decorrência de mudança do uso da terra (MUT), calculadas segundo diretiva da Comissão Europeia. Para a etapa industrial, foram consideradas as emissões decorrentes da fermentação e da queima de biomassa para a cogeração energética. Além destas, considerou-se as emissões das etapas de transporte. Os resultados em termos de emissões de GEE foram 1.380 kg CO2 eq para o etanol de cana-de-açúcar, 1.460 kg CO2 eq para o etanol de milho e 2.180 kg CO2 eq para o etanol de sorgo, sendo que as emissões decorrentes da MUT representam entre 71% e 88% destes resultados. O retorno energético foi obtido pela relação entre a energia disponibilizada pelo combustível e a energia fóssil consumida em seu processo. O etanol de cana-de-açúcar disponibilizou 9,84 unidades de energia para cada unidade consumida na forma de energia fóssil, o etanol de milho disponibilizou 6,01 e o etanol de sorgo disponibilizou 7,16. Estes resultados são preâmbulos para análises mais amplas, considerando que a pesquisa segue em evolução.
Ano de publicação: 2016
Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Meio Ambiente
Palavras-chave: Avaliação do ciclo de vida, Cana-de-açúcar, EROI, Etanol, Milho, Sorghum Bicolor, Sorgo
Observações
1 - Por padrão são exibidas publicações dos últimos 20 anos. Para encontrar publicações mais antigas, configure o filtro ano de publicação, colocando o ano a partir do qual você deseja encontrar publicações. O filtro está na coluna da esquerda na busca acima.
2 - Para ler algumas publicações da Embrapa (apenas as que estão em formato ePub), é necessário ter, no celular ou computador, um desses softwares gratuitos. Sistemas Android: Google Play Livros; IOS: iBooks; Windows e Linux: software Calibre.
Acesse outras publicações
Acesse a Base de Dados da Pesquisa Agropecuária (BDPA) para consultar o acervo completo das bibliotecas da Embrapa.