Biomonitoramento dos cursos d'água e avaliação da presença de bioindicadores de qualidade em córregos de cabeceira do Rio Jaguari, Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, São Paulo, Brasil.
Biomonitoramento dos cursos d'água e avaliação da presença de bioindicadores de qualidade em córregos de cabeceira do Rio Jaguari, Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, São Paulo, Brasil.
Autoria: SONODA, K. C.; SILVA, M. S. G. M. e; ZANESCO, R. F.; FIGUEIREDO, R. de O.; CARVALHO, M. P.; MARIGO, A. L. S.; ZAMBON, G. V.
Resumo: Diante da importância estratégica das cabeceiras das bacias dos Rios Camanducaia e Jaguari, para a Bacia do Rio Piracicaba e para a manutenção do Sistema Cantareira no Estado de São Paulo, foi conduzida uma pesquisa para avaliar a qualidade e a quantidade da água visando a sustentabilidade das atividades produtivas no meio rural. A abordagem adotada nesta pesquisa considera que o estudo da qualidade e quantidade da água fluvial em microbacias hidrográficas (<1.000 ha) é uma ferramenta de grande utilidade para avaliar-se as condições de sustentabilidade das atividades produtivas no meio rural. Dentro deste contexto, portanto, o projeto teve como objetivo avaliar em última instância os efeitos do uso da terra sobre a hidrologia e biogeoquímica de microbacias dos Rios Camanducaia e Jaguari como apoio a gestão, uso racional e sustentável de seus recursos hídricos, proporcionando assim maior embasamento para o desenvolvimento rural no Sul de Minas Gerais. Os resultados aqui apresentados constituem um dos objetivos específicos do projeto que foi realizar o biomonitoramento das águas fluviais para avaliação da qualidade da água e do sedimento por meio de macroinvertebrados bioindicadores nas microbacias, sendo aqui apresentados os resultados referentes aos insetos. Para a seleção das microbacias foram realizadas reuniões e a partir de imagens de satélite, mapas, fotografias, dados de variáveis físicas e químicas previamente medidas e relatórios de viagem. Para coleta, foram selecionados três trechos de córregos situados em mata com elevado estado de conservação, vegetação ripária sob recuperação através de plantio de mudas de nativas e ausência de vegetação ripária devido à substituição por pastagem. A coleta foi realizada em trechos de 50 metros utilizando-se a rede de mão em D (malha 0,25 mm) devido à diversidade de habitats. Um total de 60 amostras foi coletado mensalmente, entre março e novembro de 2015, e acondicionadas em álcool 70%. No laboratório, as amostras foram devidamente lavadas e triadas. A identificação foi realizada em nível de família. Até o momento, foram processadas amostras de maio e setembro, permitindo comparar duas épocas climáticas diferentes, o início da estiagem e o final da mesma. Ao todo foram coletados 15.680 indivíduos, sendo que 70% em maio. Entretanto, as diferenças entre as assembleias foram mais pronunciadas em setembro, que se revelou melhor época para avaliar os efeitos da cobertura vegetal sobre os macroinvertebrados. Neste mês, no local conservado, também foram observadas maior presença de fragmentadores, maior quantidade de famílias dominantes e maior porcentagem de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (29%) em contraste ao córrego com pastagem (5,6%). Perlidae foi indicativo de ambiente com vegetação bem conservada. As amostras dos outros meses ainda estão em processamento, após a sua finalização serão realizadas análises estatísticas, inclusive com integração das variáveis da água e de uso do solo, para assim obtermos respostas mais profundas.
Ano de publicação: 2017
Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Meio Ambiente
Palavras-chave: EPT, Insetos aquáticos, Manejo, Microbacia, Vegetação ripária
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