Detecção dos simbiontes relacionados no processo de transmissão de Begomovirus por Bemisia tabaci Genn. meam 1 (Hemiptera: Aleyrodidae), em população geograficamente isolada.

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Autoria: PAP, T.; ZANOTTA, S.; SATO, M. E.; PRADO, S. de S.; SALAS, F. J. S.

Resumo: A batata (Solanum tuberosum L.) é afetada por mais de 40 espécies de vírus, sendo que as principais pertencem ao gênero Begomovirus, como o Tomato yellow vein streak virus (ToYVSV). O vírus é transmitido por mosca-branca, Bemisia tabaci Genn. MEAM 1, problema sério à cultura de batata. B. tabaci é considerada atualmente o principal vetor de fitovírus, se alimenta no floema da planta, local onde adquire e transmite os patógenos, e como os demais insetos que se alimentam nesse tecido possuem bactérias endógenas denominadas endossimbiontes ou simbiontes. Os simbiontes são divididos em primários ou obrigatórios e secundários ou facultativos. Em mosca-branca, as bactérias Hamiltonella defensa e Ricketsia spp. já foram descritas como simbiontes que interferem na transmissão de begomovírus. Os objetivos deste trabalho foram; i) estudar o processo de transmissão do ToYVSV por B. tabaci MEAM 1 em batata ?Asterix? e ?Agata?; ii) detectar bactérias simbiontes em indivíduos de B. tabaci e o envolvimento destes no processo de transmissão do ToYVSV. Para tal, indivíduos de B tabaci passaram por períodos de acesso a aquisição (PAA) de 24 e 48h em plantas de tomate (S. lycopersicum L.) infectadas com ToYVSV, após este período, as moscas-brancas foram colocadas em plantas de batata ?Agata? e ?Asterix? (indivíduos/planta) e deixadas por períodos de acesso a inoculação (PAI) de 24h ou 48h. O vírus não foi detectado nas plantas de batata utilizadas nos PAI e nem nos indivíduos de B. tabaci utilizados por 24 e 48h nos PAA e PAI, quando avaliados por PCR. As plantas de batata ?Agata? e ?Asterix? utilizadas nos testes de transmissão não apresentaram sintomas característicos do vírus e nem resultados positivos para detecção do vírus por PCR. Também a detecção do simbionte Hamiltonella foi baixa e não foi detectado simbiontes do gênero Ricketsia nos espécimes de B. tabaci da colônia do Instituto Biológico utilizados nos testes de transmissão. Os resultados obtidos neste experimento podem corroborar com os dados de literatura sugerindo a influência dos endossimbiontes na transmissão de Begomovirus, no entanto, mais estudos para entender melhor essa interação planta-insetomicrorganismo se faz necessário.

Ano de publicação: 2017

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

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