Uso de seedlings de umezeiro (Prunus mume Sieb. et Zucc.) como porta-enxerto de pessegueiro [P. persica L. Batsch] em local com histórico de morte-precoce visando seleção e clonagem.

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Autoria: MAYER, N. A.; UENO, B.

Resumo: A morte-precoce do pessegueiro, síndrome cujas causas envolvem diversos agentes bióticos e abióticos, é um dos principais problemas agronômicos que a persicultura gaúcha enfrenta, especialmente na região de Pelotas, RS. Um dos fatores que predispõem sua ocorrência é o uso de porta-enxertos suscetíveis e, considerando-se o tradicional uso de sementes de diversas cultivares-copa de pessegueiro como porta-enxerto, faz-se necessário estudar outras espécies de Prunus spp. para essa função. O presente trabalho foi realizado em propriedade rural no Município de Morro Redondo, RS, em área com histórico de morte-precoce. Para esse trabalho foram conduzidos, aproximadamente, 1.500 pessegueiros (cultivares Bonão, Esmeralda, BRS-Âmbar e Jade), enxertados em seedlings umezeiro (Prunus mume Sieb. et Zucc.), entre os anos de 2008 e 2015. Objetivou-se observar a variabilidade genética e de vigor do umezeiro multiplicado por sementes e, em plantas pré-selecionadas, realizar avaliações agronômicas, bem como clonar os genótipos mais promissores como porta-enxerto. Comprovaram-se as informações prévias existentes na literatura de que, quando multiplicado por sementes, o umezeiro apresenta grande variabilidade de vigor entre as plantas, bem como acentuadas diferenças, variando desde compatibilidade até total incompatibilidade com o pessegueiro. Diante dessa heterogeneidade, selecionaram-se 49 plantas e, nelas, avaliaram-se por dois anos (2012 e 2013) quinze variáveis relativas às plantas e seus frutos, além dos teores de nutrientes foliares (N, P, K, Ca, Mg, Fe, Mn, Zn, Cu e B) em 2013. Nas 14 plantas mais promissoras, realizou-se a decepa abaixo do ponto de enxertia, em setembro de 2014, com o objetivo de estimular a brotação de seus respectivos porta-enxertos.Transcorridos quatro meses, realizou-se o resgate dos ramos herbáceos de cada cepa de porta-enxerto que, por meio do enraizamento de suas estacas herbáceas, sob câmara de nebulização intermitente, foi possível clonar e aclimatar cinco acessos (CPACT-UME-14, CPACT-UME-27, CPACT- UME-29, CPACT-UME-34, CPACT-UME-47), os quais foram introduzidos na “Coleção Porta-enxerto de Prunus” da Embrapa ClimaTemperado, para constituírem plantas matrizes de trabalho para as etapas subsequentes.

Ano de publicação: 2017

Tipo de publicação: Folhetos

Palavras-chave: Porta Enxerto, Prunus, Pêssego

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