Avaliação da qualidade pós-colheita após aplicação de revestimento comestível em tomates produzidos no sistema tomatec.

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Autoria: SILVA, M. P. da; CONEGLIAN, R. C. C.; SOARES, A. G.; BARBOZA, H. T. G.; GUIA, L. da

Resumo: tomate (Solanum lycopersicum L.) é uma hortaliça conhecida e consumida em todo o mundo. Porém, produzir tomate nem sempre é uma tarefa fácil, pois a cultura é extremamente frágil e muito suscetível a pragas e doenças. Durante o seu cultivo muitas vezes utiliza-se quantidade excessiva de agrotóxicos. Na busca por solução para este problema, foi criado o Sistema de Produção denominado de TOMATEC, que tem como premissa aliar o desenvolvimento sustentável, preservação do meio ambiente e a obtenção de tomates isentos de resíduos de agrotóxicos. No entanto, o tomate é um produto altamente perecível, demandando vários cuidados para sua conservação pós-colheita. Desta forma, o presente estudo visou avaliar o efeito de diferentes revestimentos comestíveis sobre a qualidade pós-colheita do tomate italiano, produzido no sistema de produção TOMATEC. O tomate utilizado neste experimento foi obtido em uma propriedade localizada no município de Nova Friburgo, do Estado do Rio de Janeiro. Os frutos foram levados para a Embrapa Agroindústria de Alimentos, onde foram lavados, selecionados quanto a possíveis deformidades e divididos quanto ao estágio de maturação em: maduros e de vez. Os tratamentos utilizados foram: revestimento A (revestimento a base de gelatina e fécula de milho), revestimento B (revestimento a base de Carboxi Metil Celulose (CMC) e o C (controle). A temperatura média ficou em torno de 25°C e a umidade relativa em torno de 68%. Foram realizadas as seguintes analises: acidez total titulável, pH, sólido solúveis, Carotenóides totais, firmeza, cor e perda de massa. As análises foram realizadas foram realizadas aos: 0, 4 e 9 dias de armazenamento. Utilizou-se o sistema CIElab, em que L* representa índice de luminosidade, a* o teor de vermelho e b* o teor de amarelo. Em relação aos valores médios de L* (44,48 ? 39,67) e b* (21,22 ? 19,17), observou-se redução ao longo do tempo de armazenamento. Os valores de L* em frutos de vez foram maiores do que maduros. Os valores a* nos frutos de vez foram inicialmentemenores e foram aumentando de acordo com tempo. Com relação a análise de carotenóides totais, verificou-se que o teor de carotenóide totais no maduro (6141,71 mg.100g-1) foi maior que do que no de vez (4969,10 mg.100g-1 ) e diferiam-se estatisticamente. Em relação aos revestimentos, verificou-se que entre o revestimento A e B, não houve diferença estatística, porém diferiu do controle. Em relação, a firmeza, observou-se que ao longo do tempo houve redução de 7,09N para 5,47N. O tomate de vez apresentou maior firmeza quando comparado ao maduro. Na análise de perda de massa, constatou-se que ocorreram perdas em todos os tratamentos ao longo do tempo de armazenamento. Esse resultado demonstra que ao longo do período de armazenamento a firmeza do fruto pode ter diminuído devido ao processo de frutos. O pH do tomate maduro (4,64 ? 4,61) foi maior do que do de vez (4,62 ? 4,44), mostrando que houve redução ao longo do tempo. O tomate maduro apresentou maior teor de sólidos solúveis quando comparado ao de vez. Observou-se aumento no teor de sólidos solúveis ao longo do tempo de 4,58 para 4,69 °Brix. Portanto, esse trabalho apresentou grande relevância, pois com a utilização do revestimento prolongou a vida útil do tomate por 9 dias sem a utilização de refrigeração.

Ano de publicação: 2017

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

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