Autoria: GHINI, R.; BETTIOL, W.; GALVAO, J. A. H.

Resumo: Com o objetivo de avaliar os efeitos da aplicação de lodo de esgoto ao solo na indução de supressividade a Rhizoctomia solani e Sclerotinia sclerotiorum, foram realizados experimentos em microparcelas (1 x 1 m). O lodo (ETE - Franca, SP) foi incorporado nas concentrações de 0, 1, 2 e 4 vezes a dose recomendada de nitrogênio (N) e comparado com a adubação mineral (NPK). Nas parcelas infestadas com R. solani foram realizados dois cultivos de feijão carioquinha. No ensaio com 5. sclerotiorum, foi feito um cultivo de alface americana, como planta indicadora, já que a norma P4230 da Cetesb não recomenda o uso de lodo em hortaliças. Para R. soiani, com o aumento da dose de lodo foi observada maior emergência de plantas, porém maior frequência de isolamento do patógeno em tecidos de feijoeiro, sendo esse aumento menor no segundo plantio. Não houve diferença entre os tratamentos quando as plantas foram avaliadas quanto à severidade da doença, segundo escala de notas. Para S. sclerotiorum, o número de apotécios por parcela foi maior na dose IN (620 apotécios/parcela), sendo reduzido com o aumento da dose de lodo. Resultado semelhante foi obtido quando foram avaliadas as plantas de alface mortas por parcela. Os resultados indicam que a incorporação de lodo de esgoto pode alterar de forma diversa e transitória a- supressividade a fitopatógenos, havendo a necessidade de se estudar os seus efeitos nos principais patossistemas.

Ano de publicação: 2004

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Meio Ambiente

Palavras-chave: Lodo de esgoto, Supressividade de solos