Resposta à incidência da murcha de fusarium e de nematóides em cultivares e linhagem de algodoeiro.

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Autoria: ARAUJO, A. E. de; CIA, E.; FARIAS, F. J. C.; GALBIERI, R.

Resumo: O complexo fusarium-nematóide é um dos principais problemas fitossanitários da cotonicultura brasileira. O avanço do algodoeiro no cerrado, cultivado em extensas áreas, sob condições favoráveis, e em monocultivo, ou sucessão com culturas suscetíveis tem aumentado a população de nematóides que afetam a cultura, e contribuindo para aumentar os prejuízos causados às lavouras. Os nematóides Meloidogyne incognita e Rothylenchulus reniformis são os que mais preocupam. Um problema adicional é o aumento da incidência de Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum, fungo favorecido pela presença de nematóides que abrem vias de penetração para a do patógeno. O uso de cultivares resistentes, é medida mais eficiente para minimizar os problemas causados pelos nematoides, somado à rotação de culturas com espécies não hospedeiras ou com baixo fator de reprodução. O objetivo deste trabalho foi determinar a resistência de cultivares e linhagens de algodoeiro à murcha de Fusarium e aos principais nematoides presentes nas zonas produtoras. Foram utilizados 18 tratamentos com diferentes cultivares e linhagens de algodoeiro, em blocos ao acaso, com cinco repetições e parcelas de uma fileira de 5 m, e estande inicial de 35 plantas, em área com infestação natural dos nematoides M. incognita e R. reniformis e de F. oxysporum f. sp. vasinfectum. A avaliação foi feita atribuindo-se notas de 1 a 5, crescentes com os sintomas, no nível de plantas ou de parcelas, conforme o patógeno. Para determinar a resistência múltipla, as notas foram transformadas em índices relativos, variando de 0 a 1 (0 = máxima suscetibilidade e 1 = imunidade), expressos em função da testemunha resistente para cada patógeno, à qual se atribuiu o valor 1 para o índice. O Índice de Resistência Múltipla foi calculado pela média geométrica dos índices específicos e o produto do seu valor pelo menor índice específico, dividido pelo número de doenças com índice inferior a 0,60, resultou no Índice de Segurança. Para ordenar os genótipos em níveis de resistência múltipla, adotou-se a escala: a) igual ou maior que 1,00 - altamente resistente; b) de 0,85 a 0,99 - resistente; c) de 0,65 a 0,84 - medianamente resistente; d) de 0,55 a 0,64 - medianamente suscetível; e) de 0,28 a 0,54 - suscetível; f) menor que 0,28 - altamente suscetível. Da mesma forma, quanto ao índice de segurança, adotou-se o seguinte critério: a) maior que 0,85 - altamente seguro; b) de 0,72 a 0,84 - seguro; c) de 0,47 a 0,71 - medianamente seguro; d) de 0,32 a 0,46 - medianamente vulnerável; e) de 0,18 a 0,31 - vulnerável; f) menor que 0,18 - altamente vulnerável. Os dados foram submetidos à análise da variância e ao teste de Scott & Knott a 5%. Cinco grupos de resposta foram estabelecidos, revelando-se como resistentes apenas IAC 08-2031 e IAC 26 RMD, seguidos, em menor grau, por TMG 81 WS e BRS 372. Observou-se que os genótipos mais suscetíveis apresentaram notas médias próximas ao grau máximo, na escala de avaliação. Foi observada diferença entre os genótipos com relação a R. reniformis, formando-se quatro grupos de resposta ao parasita. Nesse caso encontraram-se entre os mais resistentes IAC 08-2031 e FIBERMAX 982 GL, seguidos por IMA 08-12427, IAC 26 RMD, BRS 371 RF, BRS 372 e IMA 09-474. Apenas IAC 08-2031 e IAC 26 RMD, acompanhados por BRS 372 foram resistentes às duas espécies de nematoides. Verificou-se, também, que mais da metade dos genótipos mostrou baixa resistência às duas espécies do parasita. Observaram-se também, a existência de genótipos resistentes apenas a uma das espécies - FIBERMAX 982 GL, BRS 371 RF, IMA 09-474 e FIBERMAX 975 WS, no caso de R. reniformis - e TMG 81 WS, em relação à M. incognita.

Ano de publicação: 2017

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Algodão

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