Desenvolvimento de porta-enxertos de castanheira-do-brasil visando a formação de um jardim clonal.

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Autoria: BALDONI, A. B.; SILVA, A. J. R.; PEREIRA, L. L.; TARDIN, F. D.

Resumo: A castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa Bonpl.) é uma importante espécie de exploração extrativista, e por ser ameaçada de extinção, torna-se importante o estímulo do seu plantio comercial, bem como a preservação de sua diversidade genética em bancos de germoplasma. Para estimular o plantio são necessários genótipos com boas características agronômicas, sendo importante iniciar um programa de melhoramento genético com a espécie. Em médio prazo, o estabelecimento de um jardim clonal, com genótipos superiores de outros plantios comerciais e floresta nativa, além de preservar parte da diversidade da espécie, pode ser usado para disponibilizar à sociedade bons materiais para enxertia, visando o estímulo do plantio. No plantio há um grande interesse em utilizar plantas enxertadas, onde se observa precocidade na produção de frutos. A enxertia em castanheira é normalmente realizada quando a muda já está estabelecida no campo, sendo necessário inicialmente o plantio dos porta-enxertos e o acompanhamento do desenvolvimento dessas plantas até alcançarem um diâmetro do caule apto para a aplicação dessa técnica, garantindo um maior pegamento. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o desenvolvimento de porta-enxertos de castanheira-do-brasil, visando a formação de um jardim clonal, com materiais geneticamente superiores. Para isso, foram avaliadas 46 mudas de castanheiras, obtidas de viveiro, que foram plantadas na área experimental da Embrapa Agrossilvipastoril em novembro de 2015. O desenvolvimento das plantas foi acompanhado durante o período de oito meses (de fevereiro a outubro de 2016), avaliando as seguintes características: altura (m), diâmetro do coleto (mm) e número de folhas. Foi observado que para a altura, durante os oito meses de avaliação, ocorreu um crescimento médio de 11,02 cm, com mínimo de 0 cm e máximo de 41 cm; e para o diâmetro do coleto, o crescimento médio foi de 3,21 mm, com mínimo de 0,12 mm e máximo de 8 mm. A avaliação do número de folhas foi prejudicada pelo ataque de formigas cortadeiras, um dos principais entraves para a cultura. O desenvolvimento dos porta-enxertos nos primeiros meses de implantação no campo foi lento quando comparados com outras espécies florestais.

Ano de publicação: 2017

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

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