Technological innovations in the propagation of Açaí palm and Bacuri.

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Autoria: CARVALHO, J. E. U. de; NASCIMENTO, W. M. O. do

Resumo: O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) e o bacurizeiro (Platonia insignis Mart.) são duas importantes espécies frutíferas nativas da Amazônia Brasileira. A primeira espécie já é bastante cultivada na Amazônia Brasileira e com alguns pomares estabelecidos em outras regiões do Brasil. Não obstante, a maior parte da produção ainda é oriunda dos densos e diversificados açaizais nativos encontrados nas várzeas do estuário do Rio Amazonas e que, nas últimas duas décadas, vêm sendo manejados para a produção de frutos. A produção da segunda espécie também ainda é dependente do extrativismo de populações naturais abundantes em áreas de vegetação secundária. Ambas as espécies reproduzem-se naturalmente por via sexuada e assexuada. No caso do açaizeiro, a reprodução assexuada se dá-se por meio da emissão de perfilhos na base dos estipes. Já no bacurizeiro, verifica-se por meio de abundantes brotações que surgem de raízes que se desenvolvem horizontalmente, próximas à superfície do solo. A propagação do açaizeiro, particularmente por via sexuada, é um processo já consolidado, praticamente sem inovações nos últimos anos. As sementes de açaí apresentam germinação rápida e relativamente uniforme. Uma muda obtida a partir de sementes está apta para o plantio no local definitivo entre quatro e seis meses após a emergência das plântulas. No que se refere à propagação por via assexuada, foi demonstrado que os perfilhos podem ser utilizados para a produção de mudas. Para tanto, devem ser separados da planta-mãe quando apresentarem duas folhas completamente expandidas e uma em início de formação. O grande desafio consiste em aumentar a taxa de multiplicação dos perfilhos. Com relação ao bacurizeiro, consideráveis avanços foram obtidos tanto no que se refere à propagação sexuada como a assexuada. A propagação por estacas de raiz primária ou a semeadura direta no local definitivo constituem-se em inovações que contornam o problema da germinação lenta e desuniforme da semente de bacuri. As técnicas de enxertia desenvolvidas possibilitam tanto a produção de mudas enxertadas como a enxertia no campo, para plantas oriundas de semeadura direta.

Ano de publicação: 2018

Tipo de publicação: Artigo de periódico

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