Estoque de biomassa arbórea em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e área de transição: inferências sobre estágio sucessional.
Estoque de biomassa arbórea em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e área de transição: inferências sobre estágio sucessional.
Autoria: CARDOSO, D. J.; GARRASTAZU, M. C.; LACERDA, A. E. B. de; FIORUCCI, L. H.; ZANATTA, J. A.; HIGA, R. C. V.; RACHWAL, M. F. G.
Resumo: Florestas naturais são importantes reservatórios de carbono, que é absorvido da atmosfera por mecanismos da fotossíntese. Sua manutenção influencia diretamente a captura e o balanço de carbono no solo. Entretanto, pouco se conhece sobre a relação que pode existir entre a quantidade de carbono estocada em florestas naturais e a sua composição de espécies ou o seu estágio sucessional, referindo-se à maior ou menor quantidade de árvores jovens. Assim, buscou-se neste trabalho determinar o estágio sucessional de quatro fragmentos florestais característicos do sul do Brasil, com base nos critérios estabelecidos por resolução do Conama e avaliar a correlação entre informações quantitativas e qualitativas do estrato arbóreo destas áreas. Este trabalho é produto de levantamentos realizados durante o projeto SALTUS, que tem como um de seus objetivos o desenvolvimento e aprimoramento de indicadores técnico-científicos referentes às emissões e remoções de gases de efeito estufa das florestas. Entre os principais resultados obtidos, tem-se que o carbono de biomassa aérea estocado nas quatro áreas de floresta avaliadas variou entre 68,8 e 109,8 Mg ha-1, oriundo de uma quantidade de biomassa aérea total, entre 144,8 Mg ha-1 e 231,2 Mg ha-1. A correlação da biomassa com as demais variáveis estudadas mostrou que esta é fortemente correlacionada com a área basal e com o percentual de espécies observado em cada classe de estágio sucessional, considerando todas as espécies encontradas em cada área. O índice de Shannon, que se refere à diversidade da floresta, apresentou valores entre 2,78 e 3,37 para as quatro áreas, o que é indicativo de locais de média a alta diversidade, sendo identificadas entre 47 e 63 espécies diferentes em cada área estudada. Considera-se que este trabalho possa contribuir para o avanço do conhecimento, em especial aos proprietários rurais, para que possam mostrar à sociedade o importante papel da conservação de florestas naturais. Além disso, podem utilizar o potencial de armazenamento de carbono de suas florestas como uma medida mitigadora e/ou compensatória das atividades produtivas que exercem. Os resultados aqui apresentados são importantes, também, como apoio aos estudos sobre solos realizados nessas mesmas áreas e devem contribuir para o entendimento dos mecanismos de absorção de carbono no solo, conforme a composição quantitativa e a diversidade de espécies das florestas.
Ano de publicação: 2018
Tipo de publicação: Folhetos
Unidade: Embrapa Florestas
Palavras-chave: Análise fitossociológica, Biodiversidade, Carbono, Efeito Estufa, Recurso Florestal
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