Pegada hídrica da manga em sistemas alternativos de produção.
Pegada hídrica da manga em sistemas alternativos de produção.
Autoria: DIAS, A. F.; CARNEIRO, J. M.; BARROS, V. da S.; GIONGO, V.; MATSUURA, M. I. da S. F.; FIGUEIREDO, M. C. B. de
Resumo: No Vale do São Francisco, maior região produtora e exportadora de manga do Brasil, a produção de manga é intensiva, baseada no monocultivo e no uso de insumos externos à propriedade agrícola. Neste trabalho, avalia-se a pegada hídrica da manga produzida em quatro sistemas alternativos, com adubação verde entrelinhas de mangueiras: i) sistema 1, com coquetel vegetal (75%Leguminosa+25%Não leguminosa) cortado e mantido sobre o solo (SI); ii) sistema 2, com vegetação espontânea SI; iii) sistema3 com coquetel vegetal (75%Leguminosa+25%Não leguminosa) cortado e incorporado ao solo (CI); e iv) sistema 4, com vegetação espontânea CI. As seguintes categorias relacionadas ao uso da água são consideradas nesse estudo: depleção hídrica, eutrofização (marinha e de água doce), toxicidade humana e ecotoxicidade aquática. Os dados foram coletados em experimento implantado na Estação Experimental de Bebedouro, em Petrolina PE, considerando os sete primeiros anos do pomar, abrangendo as fases de implantação, crescimento e estabilização. Seguiu as normas NBR ISO 14040 (ABNT, 2009) para avaliação de ciclo de vida, 14046 (ABNT, 2017) para pegada hídrica. Os resultados indicaram que o sistema 3 apresentou a menor pegada para a maioria das categorias (eutrofização de águas doces e marinha, depleção hídrica e ecotoxicidade). Em todas as categorias avaliadas, os sistemas compostos por vegetação espontânea, independente do manejo de solo adotado, apresentaram as piores avaliações ambientais. O fator produtividade na avaliação de ciclo de vida foi determinante para o desempenho ambiental do sistema 4 uma vez que acarretou a maior produção de manga dentre os sistemas analisados. Todos os sistemas avaliados geraram valores negativos de eutrofização marinha devido a quantidade demandada de nitrogênio ter sido superior a demandada pelas mangueiras e adubos verdes. Assim, indica-se o sistema 2 como o de melhor desempenho técnico e ambiental, devendo-se compará-lo com o sistema convencional de produção de manga como próxima etapa do trabalho.
Ano de publicação: 2018
Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Semiárido
Palavras-chave: Adubação Verde, Avaliação do ciclo de vida, Manga, Recurso Hídrico, Solo, Vale do São Francisco
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