Autoria: VASCONCELOS, M. J. V. de; CARNEIRO, A. A.; MAGALHAES, J. V. de; GUIMARÃES, C. T.

Resumo: O desenvolvimento de uma planta geneticamente modificada envolve a introdução de um ou vários genes exógenos nesse organismo, sem que haja fecundação ou cruzamento. As plantas que tiveram seu código genético alterado pela introdução de uma ou mais sequências de DNA provenientes de outra espécie devem passar por rigorosas análises que comprovam suas características agronômicas e de segurança, tanto para o meio ambiente, como para os seres vivos, cujo conjunto de práticas são chamadas de biossegurança. A biossegurança de uma planta transgênica, além de trabalhos em regime de contenção, passa por liberações planejadas no meio ambiente para se obter dados agronômicos, físico-químicos e ambientais, visando o preparo de um dossiê para a liberação comercial. O presente trabalho avaliou o desempenho agronômico de híbridos de milho geneticamente modificados com o gene SbMATE, derivado de sorgo, combinado com o gene nativo ZmMATE1. Ambos os genes foram previamente caracterizados como responsáveis pelo aumento da tolerância ao Al nas respectivas espécies. Nossos resultados demonstraram que os híbridos de milho com o alelo superior do ZmMATE1 produziram mais grãos que os respectivos isogênicos em solo com saturação intermediária de Al, e que os híbridos transgênicos expressando o gene SbMATE não apresentaram superioridade agronômica, em relação às versões isogênicas convencionais. No entanto, esses resultados devem ser restritos ao evento transgênico avaliado e não ao gene SbMATE, cujo alelo superior já demonstrou aumentar a produção de grãos em sorgo cultivado em solo ácido.

Ano de publicação: 2018

Tipo de publicação: Folhetos

Unidade: Embrapa Milho e Sorgo

Palavras-chave: Biossegurança, Biotecnologia, Gene, Genética, Planta Transgênica, Zea Mays