Sistemas agroflorestais na Amazônia: a atuação de mulheres para desconstruir o monopólio masculino na recuperação florestal no Nordeste paraense.

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Autoria: SILVA, A. B. da; MOTA, D. M. da

Resumo: O artigo trata de mulheres agricultoras e Sistemas agroflorestais ? SAFs na Amazônia. Os SAFs representam uma alternativa produtiva com potencial para a manutenção da biodiversidade e recuperação florestal. Não obstante tal potencial, se difundem lentamente e têm nos homens os seus ?representantes? nas ações de políticas públicas e nos eventos sobre o tema. Tendo em conta a problemática, o objetivo do artigo é analisar a atuação de mulheres nos SAFs nos municípios de Bragança, Irituia e Tomé-Açu no Nordeste Paraense. A metodologia constou de entrevistas com questões semiestruturadas e abertas com 48 agricultores e agricultoras envolvidas com SAFs em 06 vilas (duas em cada município). Dentre os entrevistados, 14 mulheres são responsáveis pelos SAFs, correspondente à 29%. Sob a responsabilidade de mulheres os SAFs de Bragança e Irituia têm alta diversificação (de 20 a 50 espécies: frutíferas nativas, essências florestais e medicinais, esta última em menor incidência nos SAFs dos homens). Já em Tomé-Açu, os SAFs têm até 6 espécies nativas, em razão do modelo implantado na região pelos japoneses e difundido entre vizinhos. As razões das mulheres responsáveis por SAFs são: a diversificação da alimentação da família, renda, embelezamento da área, sombreamento, conservação de igarapés, aumento da serrapilheira e conservação do solo. As razões dos homens são mais econômicas e ambientais. Nos discursos os homens são responsáveis pelas atividades produtivas, referendando a clássica divisão do trabalho alicerçadas na relação produção e reprodução. Na prática, as mulheres atuam sistematicamente no desenvolvimento de SAFs e têm razões para além das produtivas e econômicas.

Ano de publicação: 2018

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

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