Autoria: MATIAS, J. R.; TORRES, S. B.; FREIRE, J. N. T.; ALENCAR, S. de S.; DANTAS, B. F.

Resumo: A salinidade e temperatura superior a tolerável pela espécie, poderá limitar seu desenvolvimento e isso tem reflexo inicialmente na germinação das suas sementes. Objetivou-se com este trabalho estabelecer a curva de germinação de sementes de Cenostigma pyramidale em estresse combinado (salinidade e temperatura). Cenostigma pyramidale é endêmica da Caatinga e considerada tolerante a salinidade e ao estresse térmico, não se conhece a resposta da combinação desses fatores. As sementes foram distribuídas em papel germitest umedecido com soluções de NaCl nos potenciais osmóticos 0,0; -0,1; -0,2, -0,4 e -0,6 MPa, correspondente em volume a 2,5 vezes seu peso seco. O experimento foi conduzido em germinadores nas temperaturas de 25, 30, 35, 40 e 20/40 ºC durante 14 dias. Avaliando-se diariamente as sementes germinadas, utilizando-se como critério emissão radicular. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, arranjado em esquema fatorial 5 × 5 (temperaturas × potenciais osmóticos), com quatro repetições de 25 sementes. As sementes de C. pyramidale apresentam resistência à salinidade, por sua habilidade de evitar, por meio de uma regulação salina, que excessivas quantidades de sal provenientes do substrato alcancem o protoplasma. Mesmo sob -0,6 MPa de NaCl, a germinação manteve-se elevadas quando mantidas nas temperaturas de 25, 30 e 20/40 ºC.

Ano de publicação: 2018

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Semiárido

Palavras-chave: Caatinga, Catingueira-verdadeira, Cenostigma pyramidale, Estresse osmótico, Estresse salino, Planta da Caatinga, Salinidade, Semente