Primeiro registro de Ergasilus turucuyus Malta e Varella, 1996 em Metynnis lippincottianus Cope, 1870 do rio Pedreira, estado do Amapá, Brasil.

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Resumo: A fauna parasitaria apresenta-se como um importante fator nos mais variados ecossistemas e seu entendimento é relevante para o entendimento e manutenção desses. A compressão da relação parasitohospedeiro, implica diretamente nos estudos relacionados a sanidade da ictiofauna. O objetivo deste trabalho foi avaliar a infestação por Ergasilus turucuyus em Metynnis lippincottianus do rio Pedreira, Amazônia Oriental. Entre dezembro de 2015 e dezembro de 2016 foram capturados peixes-hospedeiros em seis pontos amostrais distribuídos no rio Pedreira. A pesca foi realizada com redes de espera simples de diferentes malhas (20 a 60 mm entre nós), com 24 horas de permanência e vistorias a cada quatro horas. De cada peixe-hospedeiro foi mensurado o Comprimento Total (Ct) em centímetros e o Peso total (Pt) em gramas. Através da celiotomia, foi identificado o sexo do hospedeiro. Boca, narina e câmara branquial foram inspecionados para coleta dos ectoparasitos. Os descritores ecológicos abordados foram amplitude de intensidade (AI), prevalência (P), abundância média (AM) e intensidade média (IM). Os valores de peso e comprimento corporal foram utilizados para traçar a relação peso x comprimento de peixes parasitados e não parasitados separadamente. Assim, determinou-se as constantes a e b, e o peso teoricamente esperado (Pe) para cada comprimento. Então, calculou-se o fator de condição relativo (Kn) de cada espécime (Kn=Pt/ Pe) de hospedeiro parasitado e não parasitado, comparados através do teste t-Student. O coeficiente de correlação de Spearman (rs) foi usado para determinar possíveis correlações do número de parasitos (NP) com o Kn, tamanho e peso. Para determinar a influência do sexo dos hospedeiros na prevalência de parasitos foi utilizado o Teste G. O nível de significância estatística adotado foi p < 0,05. Um total de 36 hospedeiros foi capturado com Ct variando entre 7,3 e 18,0cm (11,3 ± 2,6cm) e Pt entre 6 e 68g (30,2 ± 17,4g). Nos hospedeiros coletou-se 19 espécimes de E. turucuyus. Os descritores ecológicos mostraram AI=1 a 4, P= 33,3%, AM= 0,66 e IM= 2. O Kn para hospedeiros parasitados (0,999 ± 0,077) e não parasitados (0,999 ± 0,059) foi similar (t=-0.0044; p= 0.9965). Não foram observadas correlações significativas entre NP/Ct (rs=0,098; p=0,571), NP/Pt (rs=0,048; p=0,780) e NP/Kn (rs=-0,068; p=0,694). O sexo do hospedeiro não influenciou a prevalência de E. turucuyus. (G=3,698; p=0,055). Os resultados demonstram que o parasitismo de E. turucuyus. não apresenta efeito deletério sobre M. lippincottianus do rio Pedreira. O parasitismo ocorre homogeneamente entre machos e fêmeas do hospedeiro, indicando que ambos os sexos apresentam necessidades energéticas, hábitos alimentares e comportamentais similares.

Ano de publicação: 2019

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Amapa

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