Argulus sp. Müller, 1785 e Ergasilus turucuyus Malta e Varella, 1996 Ectoparasitos de Trachelyopterus coriaceus Valenciennes, 1840, do rio Pedreira, estado do Amapá, Brasil: primeiro registro.

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Author(s): SILVA, S. G.; VASCONCELOS, H. C. G.; SÁ-OLIVEIRA, J. C.; SALOMÃO, D. da C. O.; AIRES, M. C.; SILVA, J. S.; BRITO, T. M.; SILVA, I. M.; LIMA, W. R. da S.; ISACKSSON, E. D. G. S.; TAVARES-DIAS, M.

Summary: Parasitos são considerados componentes relevantes da biodiversidade e contribuem para o conhecimento de seus hospedeiros e na preservação de ecossistemas. A finalidade deste estudo foi analisar a infestação por Argulus sp. e Ergasilus turucuyus em Trachelyopterus coriaceus, do Rio Pedreira. Foram capturados peixes-hospedeiros em seis pontos amostrais distintos, no período de dezembro/2015 a dezembro/2016. A pesca foi realizada com malhadeiras (20 a 60mm entre nós), com 24 horas de permanência na água e vistoriadas a cada quatro horas. De cada peixe coletado, foi mensurado o Comprimento Total (Ct) e o Peso total (Pt). Por meio da celiotomia, identificou-se o sexo dos indivíduos. Os ectoparasitos foram obtidos através da inspeção de boca, narinas e brânquias dos hospedeiros. Os descritores ecológicos abordados para os parasitos foram prevalência (P), abundância média (AM) e intensidade média (IM). Os valores de peso e comprimento corporal foram úteis para traçar a relação peso-comprimento de peixes parasitados e não parasitados separadamente. Logo, determinou-se as constantes a e b e o peso teórico esperado (Pe) para cada comprimento. Posteriormente, foi calculado o fator de condição relativo (Kn) de cada exemplar parasitado e não parasitado, comparados através do teste t-Student. O coeficiente de correlação de Spearman (rs) foi usado para determinar possíveis correlações do número de parasitos (NP) com o Kn, peso e tamanho. A fim de definir a influência do sexo dos hospedeiros na prevalência de parasitos, utilizouse o Teste G. O nível de significância estatística adotado foi p < 0,05. Foram coletados 33 peixes com Ct variando entre 6,2 e 22,0cm (15,7±2,9cm) e Pt entre 30,0 e 88,0g (53,4±14,0g). Nos hospedeiros, identificaramse 6 espécimes de Argulus sp. (Parasito 1) e 16 de E. turucuyus (Parasito 2). Os descritos ecológicos evidenciaram para Argulus sp. P=12,12%; AM=0,18 e IM=1,5 e para o Ergasilus turucuyus, P=24,24%; AM=0,48 e IM=2. Apenas um hospedeiro foi parasitado em ambos os crustáceos ectoparasitos. O Kn para hospedeiros parasitados (1,000±0,035) e não parasitados (1,000±0,036) foram similares (t=-0,0027; p= 0,998). No Parasito 1, não houve correlação significativa para NP/Kn (rs=-0,0614; p=0,7345), NP/Ct (rs=-0,0724; p=0,6887) e NP/ Pt (rs=-0,0535; p=0,7674), assim como no Parasito 2: NP/Kn (rs=0,0662; p=0,7141), NP/Ct (rs=0,1938; p=0,9727) e NP/Pt (rs=0,1205; p=0,5041). Em relação ao Teste G, o sexo do T. coriaceus não influenciou a prevalência de Argulus sp. (G=0,012; p=0,9126) e de E. turucuyus (G=2,5624; p=0,1094). Os resultados sugerem que os crustáceos ectoparasitos observados não apresentaram efeito deletério sobre o hospedeiro. Contudo, esse é o primeiro registro de parasitismo de Argulus sp. e E. turucuyus em T. coriaceus.

Publication year: 2019

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