Autoria: MAGALHÃES, D. M.; BORGES, M.; LAUMANN, R. A.; MORAES, M. C. B.

Resumo: Os machos de Anthonomus grandis produzem um feromônio de agregação, composto por quatro componentes de origem terpênica, que atrai a ambos os sexos. A colonização nos algodoais se inicia com o surgimento dos botões florais e emissão de compostos orgânicos voláteis pelas plantas, e se intensifica com o feromônio liberado pelos primeiros machos que chegam à lavoura. A produção feromonal de A. grandis é influenciada por vários fatores, dentre eles, a alimentação. Contudo, os estudos até então conduzidos não avaliaram quantitativamente a taxa de emissão do feromônio, após a alimentação em diferentes estádios fenológicos e estruturas do algodoeiro. Tal informação é importante porque provaria que a fenologia da planta influencia a produção do feromônio. Assim, o objetivo deste estudo foi quantificar a emissão do feromônio de A. grandis após a alimentação em diferentes estruturas do algodoeiro em dois estádios fenológicos. O feromônio dos machos foi coletado após alimentação em algodoeiros nos estádios vegetativo e reprodutivo, e após a alimentação em folhas e botões florais. Os voláteis foram analisados por cromatografia gasosa e espectrometria de massas. Nos dois estádios fenológicos, não houve emissão do feromônio quando A. grandis se alimentou de folhas. O feromônio foi produzido somente após a alimentação em botões florais. Os resultados demonstram que a produção feromonal de A. grandis é influenciada pelo tipo de estrutura vegetal e pela fenologia do algodoeiro.

Ano de publicação: 2019

Tipo de publicação: Folhetos

Unidade: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Palavras-chave: Algodão, Botão Floral, Curculionidae, Fenologia