Alternativas preliminares de processamento do sorgo biomassa, visando a redução do teor de umidade da massa colhida para obtenção da maior eficiência energética.

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Autoria: MANTOVANI, E. C.; SIMEONE, M. L. F.; PARRELLA, R. A. da C.; OLIVEIRA, A. C. de; PIMENTEL, M. A. G.

Resumo: Uma das alternativas mais promissoras para o fornecimento de matéria-prima para queima direta é o sorgo biomassa, com um ciclo curto entre 150 a 180 dias, com a vantagem de ser propagado por sementes e permitir total mecanização de seus processos de produção. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a colheita mecânica com forrageira, para corte da forragem do sorgo biomassa, com 9 mm de comprimento, em diferentes estágios de desenvolvimento de plantas (emborrachamento, florescimento e maturação fisiológica), visando obter o melhor estágio para colheita e redução do teor de umidade da matéria-prima para a queima direta em caldeiras de usinas de cana-de-açúcar. O experimento foi realizado na área experimental da Embrapa Milho e Sorgo, no município de Sete Lagoas, MG, e os tratamentos avaliados foram estabelecidos para estudar o comportamento do sorgo biomassa, na colheita mecânica, em dois espaçamentos, 0,70 e 0,50 m, para uma população inicial de 110.000 plantas.ha-1. A área experimental foi implantada em dois terraços, de 18 metros de largura e 220 m de comprimento, em um Latossolo Vermelho Escuro, em novembro de 2018. Para a colheita mecânica foi utilizada uma forrageira, proveniente de uma parceria da Embrapa com a Empresa JF, que disponibilizou a forrageira JF 1600 AT, com as seguintes características: largura de corte de 1,6 m e rotor com 15 facas. Foram utilizados 12 tratamentos, formados pela combinação de dois espaçamentos entre linhas (0,50 m e 0,70 m), três épocas de colheita (emborrachamento, florescimento e maturação fisiológica) e duas formas de armazenamento (camadas de 0,50 m e 0,20 m de altura) em um delineamento completamente casualizado com cinco repetições. As avaliações de matéria seca e poder calorífico foram realizadas em seis épocas, na colheita, e em intervalos de 7 dias, em cada um dos 12 tratamentos. A análise de variância foi realizada considerando o modelo de parcelas subdivididas no tempo, com tratamentos nas parcelas e épocas de avaliação, nas subparcelas. Comparando-se as médias dos tratamentos, pelo teste de Tukey, verificou-se que os tratamentos 6 (espaçamento entre linhas de 0,70 m, armazenamento em camada de 0,50 m e estágio fenológico: maturação fisiológica) e 12 (espaçamento entre linhas de 0,70 m, armazenamento em camada de 0,20 m e estágio fenológico: maturação fenológica) não diferiram significativamente, entre si, mas se destacaram em relação aos demais tratamentos. Como estes tratamentos são constituídos do mesmo espaçamento entre linhas, 0,70 m, e mesmo estágio fenológico, pode-se inferir que não houve efeito significativo, nessas condições, entre os tipos de armazenamento (camada alta e baixa). Comparando as épocas de avaliação para estes dois tratamentos podese verificar, para ambos, que a porcentagem de matéria seca em torno de 80% ocorreu a partir de 21 dias, após a colheita. Para o poder calorífico, os resultados foram similares aos obtidos para matéria seca. Pode-se verificar que os tratamentos 6 e 12, novamente, foram os que se destacaram em relação aos demais.

Ano de publicação: 2019

Tipo de publicação: Folhetos

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