Avaliação da enxertia no jardim clonal de castanheira-do-brasil da Embrapa Agrossilvipastoril.
Avaliação da enxertia no jardim clonal de castanheira-do-brasil da Embrapa Agrossilvipastoril.
Autoria: MARQUES, J. A. de B.; OLIVEIRA, F. L. de; SILVA, E. S. da; AWABDI, C. P.; BALDONI, A. B.
Resumo: A castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa Bonpl.), espécie de grande importância econômica, encontra-se em grande vulnerabilidade devido ao desmatamento dos castanhais nativos, que são responsáveis pela maior parte da produção de castanhas no Brasil. Além disso, a falta de conhecimento do cultivo (melhoramento genético, tratos silviculturais e produção de mudas) trazem barreiras para o plantio comercial desta espécie. A produção de mudas enxertadas em campo garantem características genéticas da árvore matriz e precocidade na produção de frutos, porém poucas informações estão disponíveis sobre esta técnica. O objetivo do trabalho foi avaliar o pegamento da enxertia de materiais genéticos oriundos de Acre e Roraima no jardim clonal de castanheira-do-brasil da Embrapa Agrossilvipastoril. Foram enxertadas, pela técnica de borbulhia de placa, 34 porta-enxertos com materiais genéticos selecionados de quatro árvores matrizes oriundas do Acre e de cinco materiais de Roraima, em dezembro de 2018. Foram realizadas três avaliações, com aproximadamente 85 dias, 137 dias, e 196 dias após a enxertia (DAE), onde foram observados taxa de brotação e mortalidade dos enxertos, analisados pela estatística descritiva. Aos 85 DAE, nos materiais oriundos do Acre, foi observada uma taxa de pegamento de 5,55%, porém 55,56% das borbulhas permaneciam vivas. A taxa de mortalidade foi de 38,89%. Nos materiais oriundos de Roraima, a taxa de pegamento foi maior (18,75%) e a taxa de mortalidade das borbulhas ficou em 25%. Aos 137 DAE não foram observadas gemas mortas, e o pegamento subiu para 22,22% nos materiais do Acre e para 37,5% nos materiais de Roraima. Na última avaliação realizada, aos 196 DAE, não foram observadas alterações nas taxas de brotação e mortalidade dos enxertos. Eles serão monitorados e avaliados periodicamente. Apesar da baixa taxa de pegamento desses materiais, ainda é cedo para concluir o real valor, já que trabalhos mostram que a brotação pode iniciar após os 200 DAE. 38,89% e 37,5% dos enxertos do Acre e Roraima, respectivamente, ainda apresentam placas vivas, porém sem brotação. Essas informações são importantes para auxiliar na tomada de decisão de produtores que desejam ter um plantio de castanheira enxertado. É importante ressaltar que fatores ambientais estão diretamente ligados ao pegamento e brotação de enxertos, como habilidade do enxertador, porte da muda enxertada, vigor do material a ser enxertado e tratos culturais após a enxertia.
Ano de publicação: 2019
Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Agrossilvipastoril
Palavras-chave: Bertholletia Excelsa, Castanha do Para, Mato Grosso, Porta Enxerto, Sinop-MT
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