Extrativismo da macaúba na região do Cariri Cearense: comercialização e oportunidades.
Extrativismo da macaúba na região do Cariri Cearense: comercialização e oportunidades.
Autoria: CARDOSO, A. N.; SANTOS, G. S.; FAVARO, S. P.; DINIZ, C. B.; SOUSA, H. U. de
Resumo: A macaúba (Acrocomia aculeata) é nativa da América Tropical sendo encontrada desde o México até a Argentina, estando amplamente dispersa no território brasileiro e dispersa no território brasileiro. Além do consumo in natura do fruto, consiste em uma fonte de biomassa oleaginosa. O teor de óleo na polpa do fruto varia conforme a região entre 21 a 78% em base seca e a amêndoa é rica em óleo de alta qualidade. Na região do Cariri Cearense, os dados ainda são escassos e reportam teores de 21% e 28% de óleo na polpa em base seca. A despeito do processo de urbanização e industrialização da região do Cariri Cearense, há comunidades rurais que complementam suas rendas com processos extrativistas. Embora o cultivo da macaúba represente uma oportunidade desenvolvimento para a região a longo prazo, a curto prazo, a organização da cadeia para exploração extrativista dos maciços naturais, pode resultar em significativo incremento na renda das comunidades locais. Nesse contexto, o presente estudo visa caracterizar atividades extrativistas na região do Cariri Cearense e discutir possíveis melhorias na cadeia, incluindo a valorizações de coprodutos. Foi realizado levantamento bibliográfico e também a campo, de aspectos socioeconômicos da cadeia extrativista da macaúba. Também foram propostos potenciais produtos para agregação de valor à cadeia. Dentre as limitações observadas, estão a alta variabilidade na qualidade da matéria-prima, além da sazonalidade na sua oferta e a ausência de um plano de manejo sustentável para garantir a produtividade dos macaubais. A qualificação da mão de obra nas comunidades envolvidas na coleta e disponibilização de alguns equipamentos e tecnologias adequadas reduziriam tais limitações. A atuação de atravessadores na comercialização do fruto ?in natura?, com ocorrência de venda sem comprovação fiscal, foi outro problema identificado, que inviabiliza o uso dos benefícios gerados por programas de governo de complementação do preço mínimo pago pela produção. Uma mínima fiscalização coibindo a ação dos atravessadores ilegais reduziria a vulnerabilidade e prejuízos das comunidades extrativistas. Também a organização e representatividade dos extrativistas para comercialização, bem como o aproveitamento do potencial de geração de produtos com valor sob o conceito de biorefnarias, reduziria a dependência da venda do fruto sem beneficiamento. A médio prazo, um plano visando a introdução de um sistema de cultivo comercial sustentável, com o objetivo de complementar a atividade extrativista, em conjunto com as atividades já mencionadas, representam oportunidades e mesmo necessidades para a viabilização da macaúba na região e geração de bem-estar social.
Ano de publicação: 2020
Tipo de publicação: Artigo de periódico
Unidade: Embrapa Agroenergia
Palavras-chave: Agricultura Familiar, Nordeste brasileiro, Planta Oleaginosa, Semiárido
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