Índices de conforto térmico animal em dois ambientes de produção pecuários na região Central de Minas Gerais.
Índices de conforto térmico animal em dois ambientes de produção pecuários na região Central de Minas Gerais.
Autoria: BORGHI, E.; ALVES, F. V.; ALMEIDA, R. G. de; GONTIJO NETO, M. M.; RESENDE, A. V. de; ABREU, S. C.
Resumo: Em sistemas silvipastoris (IPF), a presença de árvores em renques e consorciadas com espécies forrageiras proporciona, além de diversificação de renda, fornecimento de serviços ambientais e condição microclimática diferenciada e mais favorável aos animais. Em locais com altas temperaturas durante todo o ano, como a região Central de Minas Gerais, este sistema de cultivo pode diminuir o estresse térmico animal e contribuir para o seu bem-estar, desde que implantado seguindo as orientações de espaçamento e espécies arbóreas adequadas. Para determinar quantitativamente o efeito das árvores sobre o microclima em pastagens, foram avaliados dois ambientes produtivos (sistema silvipastoril - IPF e pastagem solteira/ pleno sol), na Fazenda Lagoa dos Currais, Curvelo-MG, durante 12 horas em dias específicos de três épocas do ano (outono, inverno e primavera) de 2018. Ambos os sistemas são formados com pastagem de Urochloa decumbens, sendo que no IPF estão implantados renques de linhas simples de eucalipto com espaçamento de 15 metros entre linhas (15x2). A cada 10 minutos foram determinadas a temperatura do ar e a temperatura do globo negro, por meio de equipamento TGD-400, marca Instrutherm, e posteriormente foram calculados o Índice de Temperatura e Umidade (ITU) e o Índice de Temperatura de Globo e Umidade (ITGU). A pastagem a pleno sol apresentou condições estressantes aos animais, independentemente da época do ano, com temperatura do ar de até 2 °C superior ao ambiente com árvores. No IPF, apesar da temperatura menor, não foi atingido nível de conforto térmico animal satisfatório, provavelmente em razão do espaçamento entre árvores, que ocasionou abafamento, gerando ?efeito-estufa?. Neste ambiente, o desconforto térmico ocasionado inicia a partir das 13h horas e tem curta duração. A pastagem a pleno sol proporciona condição estressante aos animais independentemente da época do ano, pois, neste ambiente, a temperatura do ar nos meses mais quentes é 2 °C maior quando comparada ao ambiente IPF. A temperatura mínima para que o animal passe para uma condição de desconforto térmico é 20,8 °C no inverno, 24,3 °C na primavera e 25,0 °C no outono, no ambiente a pleno sol. No ambiente IPF este desconforto só ocorre a partir de 26 °C, independentemente da época do ano. A publicação tem selo ODS - Objetivo de Desenvolvimento Sustentável.
Ano de publicação: 2020
Tipo de publicação: Folhetos
Unidade: Embrapa Milho e Sorgo
Palavras-chave: Bem-Estar, Bovino, Estresse térmico, IPF, Sistema integrado, Sistema silvipastoril, Temperatura
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