Autoria: BARTHA, M. M. P.; DIAS, H. L. T.; ALBUQUERQUE, N. I. de; KAHWAGE, P. R.; GUIMARÃES, D. A. A.; GARCIA, A. R.; OHASHI, O. M.; SILVA FILHO, E.

Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar a microbiota existente no sêmen fresco de queixada (Pecari tajacu), mantido em cativeiro, e seus padrões de suscetibilidade a medicamentos antimicrobianos. Dez machos desta espécie foram submetidos a procedimentos experimentais de ejaculação induzida ao longo de 14 meses. Os microrganismos encontrados no sêmen foram avaliados dentro dos seguintes critérios: morfologia, bioquímica, unidade formadora de colônias (UFC mL‒1) e sensibilidade a antibióticos. Foram isoladas 225 cepas Gram-positivas, de 88 amostras. Eles foram identificados da seguinte forma: Streptococcus (30,2%), Staphylococcus (30,2%), Micrococcus (33,7%), Corynebacterium (2,2%), Enterococcus (1,7%) e Bacillus (1,7%). A contagem de células do sêmen contaminado estava abaixo de 300 UFC mL-1. A avaliação da sensibilidade contra onze antibióticos revelou que a maioria das bactérias encontradas eram sensíveis à gentamicina, cefalotina, amicacina, ampicilina, ceftriaxona, cefotaxina e penicilina. Durante o período de avaliação, a presença de microrganismos no sêmen aqui analisado não influenciou a qualidade da produção de sêmen dos animais doadores. Provavelmente, a contaminação do sêmen é proveniente do ambiente em que os animais foram mantidos, durante os procedimentos de coleta. Este estudo sugere que a gentamicina e a amicacina são melhores escolhas sobre a tetraciclina como diluidoras do sêmen de queixada.

Ano de publicação: 2020

Tipo de publicação: Artigo de periódico

Unidade: Embrapa Amazônia Oriental

Palavras-chave: Antibióticos, Caititu, Microbiota, Microrganismos, Pecari tajacu, Sêmen