Metodologia de análise do mosaico da paisagem aplicada à avaliação do risco de degradação de habitats nos Biomas Mata Atlântica, Pampa e Caatinga.
Metodologia de análise do mosaico da paisagem aplicada à avaliação do risco de degradação de habitats nos Biomas Mata Atlântica, Pampa e Caatinga.
Autoria: ROSOT, M. A. D.; GARRASTAZU, M. C.; FRANCISCON, L.; MARAN, J. C.; OLIVEIRA, Y. M. M. de
Resumo: Neste trabalho são abordados aspectos metodológicos da análise do mosaico da paisagem aplicada à avaliação do risco de degradação de habitats. A técnica se baseia no uso de janelas móveis para medir as contribuições relativas de três tipos-chave de uso e cobertura da terra (ambientes naturais ou seminaturais, áreas de cultivo agrícola e áreas urbanizadas), na vizinhança de um determinado pixel do mapa correspondente. Sobre esses resultados é sobreposta uma máscara dos habitats florestais (Floresta Natural, Outras Terras com Vegetação Lenhosa e Outras Terras com Árvores) para caracterizar o contexto da paisagem florestal no seu entorno, que pode ser natural ou uma mescla de zonas de interface floresta/não-floresta com áreas de agricultura ou urbanizadas. O módulo Dominance do programa GuidosToolbox empregado na análise utiliza cinco diferentes tamanhos de janela móvel, gerando cinco diferentes áreas de vizinhança, além de resultados numa abordagem integrada multiescala. Para demonstrar os procedimentos metodológicos foi utilizada uma subamostra de 425 Unidades Amostrais de Paisagem (UAPs) que integram a componente espacial do Inventário Florestal Nacional do Brasil (IFN-BR), distribuídas nos biomas Pampa, Mata Atlântica e Caatinga. O efeito da escala de observação sobre os resultados foi demonstrado em UAPs individuais. Para o conjunto de todas as UAPs da subamostra foram calculados três índices de mosaico da paisagem usando a abordagem multiescala. O valor do índice padrão de paisagem florestal natural foi utilizado como indicativo do grau de risco de degradação de habitats. Entre os três biomas amostrados, as UAPs da Caatinga são as que possuem o menor risco de degradação de habitats, pois 60% delas consistem em paisagens onde 60% ou mais das áreas de cobertura arbórea/arbustiva possuem vizinhança natural. Os biomas Mata Atlântica e Pampa são mais susceptíveis à degradação, considerando que, em mais de 75% das UAPs amostradas em cada um deles, o percentual de áreas florestais com vizinhança natural é inferior a 60%.
Ano de publicação: 2020
Tipo de publicação: Folhetos
Unidade: Embrapa Florestas
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