A geografia de solos e suas interpretações para o cultivo do eucalipto no Brasil.

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Autoria: GOMES, J. B. V.; BOGNOLA, I. A.; CURI, N.; SCHNEIDER, T.; SANTOS, R. D. dos

Resumo: RESUMO. O presente capítulo tem por objetivo trazer informações dos trabalhos realizados envolvendo o mapeamento de solos em áreas florestais, as interpretações desses mapeamentos para o cultivo do eucalipto e, principalmente, discutir o desenvolvimento dessas metodologias de interpretação e a importância delas para a cadeia produtiva de povoamentos florestais. O grupo de pesquisadores que atua nessa linha de pesquisa envolve várias instituições. Nesse grupo, vários pesquisadores da Embrapa apresentam longo histórico de contribuição. Os estudos envolvendo a distinção de ambientes para uma atividade agrícola específica, como a atividade florestal, utilizam metodologias próprias. No Brasil, na maioria das vezes, são adaptados princípios básicos de duas metodologias originais, em maior grau do sistema de aptidão das terras FAO/Brasileiro, mas também utilizando elementos do sistema de Capacidade de Uso das Terras. Os mapeamentos de solos de áreas de produção de eucalipto em escalas grandes (geralmente > 1:25.000) tornaram-se comuns a partir da década de 1980. Naquele momento, as metodologias de aptidão das terras para o cultivo de eucalipto começaram a lidar com um nível de densidade de informações bem maior do que o existente nos estudos predominantes mais generalizados de planejamento regional. A escala mais detalhada dos mapeamentos de solos e as particularidades, ambientais e do sistema manejo, de cada empresa possibilitaram o desenvolvimento de várias metodologias de interpretação e amadureceram o conceito de unidades de manejo florestal. Dos resultados obtidos nos trabalhos de aptidão das terras para o cultivo de eucalipto e de unidades de manejo florestal, ficam os benefícios históricos e potenciais envolvendo distinções espaciais que auxiliam o planejamento de longo prazo e do operacional da atividade com definições acerca de profundidade de preparo do solo, tráfego de máquinas em função do teor de água no solo (risco de compactação), tipo de controle da erosão considerando tipos de solos diferentes versus declividades semelhantes, manejo de resíduos da colheita (déficit de saturação de C), recomendação de adubação, planejamento ambiental (indicação de áreas destinadas à preservação/conservação), capacidade de extrapolação de comportamento de materiais genéticos (interação genótipo x ambiente), parâmetros de crescimento e testes clonais. ABSTRACT. This chapter discusses the mapping of soils in forest areas, interpretations of this mapping for Eucalyptus cultivation, and, mainly, to discuss the development of these interpretation methodologies and their importance for productive chair of forest stands. The researchers group that acts in this research line involves several institutions. In this group, various Embrapa researchers present long historical of contribution. Studies involving the distinction of environments for specific agricultural activities, such as forestry, use particular methodologies. In Brazil, most studies build on the basic principles of two original methodologies: mainly the FAO/Brazilian land suitability system, as well as elements of the land use capacity system. Large-scale (usually ≥ 1:25,000) mapping of soils of eucalyptus production areas became common from the 1980s. At that time, methodologies to assess land suitability for eucalyptus cultivation began to incorporate a density of information much greater than that used in most predominant regional planning studies. This more detailed scale of soil mapping, along with the environmental and management particularities of each company, made it possible to develop various interpretation methodologies and advance the concept of forest management units. The results obtained from studies on land suitability for eucalyptus cultivation and forest management units highlighted the historical and potential benefits involving spatial distinctions that embase the long-term and operational planning of eucalyptus production, including: soil preparation depth; traffic of machines as a function of soil water content (risk of compaction); erosion control considering different soil types versus similar slopes; crop residue management (carbon saturation deficit); recommendations of fertilization; environmental planning (indication of areas intended for preservation/conservation); capacity to extrapolate the behavior of genetic material (genotype x environment); growth parameters; and clonal tests.

Ano de publicação: 2021

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