Resumo: A colheita mecanizada de uva tem sido empregada para agilizar o processo e reduzir custos de mão de obra, principalmente em vinhedos com espaldeira devido à disponibilidade de equipamentos. Nesse trabalho avaliou-se um protótipo para colheita de videiras conduzidas em latada (ou pérgola). Utilizou-se vinhedos das cultivares BRS Magna e Isabel Precoce, seguindo o delineamento de blocos casualizados, com três repetições e dois tratamentos (colheita manual e mecânica). Em ambas as cultivares e na faixa de alcance da máquina, a eficiência da colheita mecânica (89 a 95%) foi similar à colheita manual (97%). Contudo, os cachos na linha de cultivo escaparam da máquina e só foram colhidos com repasse manual. A máquina também proporcionou queda de folhas e lesões leves nos ramos, necessitando de um controle fúngico, logo após a colheita, para garantir a longevidade das plantas. No processamento da uva, ambas as formas de colheita atingiram a mesma qualidade de suco. A colheita mecanizada própria foi viável em vinhedos maiores que 14,1 hectares, reduzindo 6,6% o custo total da colheita pela diminuição de mão de obra. Portanto, a colheita mecanizada em latada pode ser uma ferramenta importante para regiões com foco em uvas para processamento. Entretanto, para atingir o máximo de eficiência técnica e econômica, deve-se ajustar previamente o dossel das videiras para facilitar o alcance dos cachos pela máquina, analisar a cultivar, prevendo a capacidade de degrane e rompimento das bagas, e a logística de transporte para vinícola deve ser otimizada, reduzindo o tempo entre a colheita e o processamento. Termos para indexação: sistema de condução, manejo, mecanização, produção, Vitis.

Ano de publicação: 2021

Tipo de publicação: Livros

Unidade: Embrapa Uva e Vinho