Autoria: SANTOS, H. P. dos; SOUZA, P. V. D. de; MARODIN, G. A. B.; ZINI, C. A.

Resumo: Na produção vitivinícola, a qualidade enológica de uma cultivar está primeiramente relacionada às condições edafoclimáticas da região de cultivo, considerando, por exemplo, os contrastes climáticos que existem entre regiões como temperatura, pluviosidade, radiação solar, umidade relativa do ar, além das variações edáficas (tipos de solo). Contudo, no âmbito de uma determinada região, as diferenças de qualidade enológica das uvas que podem ser observadas entre vinhedos estão mais relacionadas com as particularidades de manejo da planta e do solo (Silveira et al., 2011). Aliado a isso, destaca-se que no mundo vitivinícola não suportam muitas variações de genótipos, principalmente devido às demandas do mercado por vinhos das variedades tradicionais e, portanto, a parte com maior potencial de mudanças no curto prazo é o manejo. Neste sentido, quando se cultiva a videira em uma região promissora, como a Campanha Gaúcha, só é possível obter uma qualidade enológica diferenciada quando se promovem ações adequadas de manejo, ajustadas às particularidades do local. A adequação de sistemas de condução e a manutenção, pelo manejo em cada safra, têm possibilitado grandes avanços na vitivinicultura mundial. Dentre estes, destaca-se a possibilidade de se obter condições microclimáticas promissoras, com equilíbrio nas relações crescimento vegetativo/produtivo e elevação no potencial enológico da uva (Jackson; Lombard, 1993; Kliewer; Dokoozlian, 2005; Baeza et al., 2005). De modo geral, a produção e o potencial enológico das uvas são os produtos da tríplice interação planta-clima-solo (Smart, 1985)

Ano de publicação: 2021

Tipo de publicação: Parte de livro (capítulos de livros, trabalhos e resumos publicados em anais ou em coletâneas)

Unidade: Embrapa Uva e Vinho

Palavras-chave: Campanha Gaúcha, Manejo fitotécnico, Produção enológica, Qualidade enológica, Uva